Primeiro jogo em casa, primeira vitória para o campeonato. Depois da eliminação da Liga Europa e do desaire na Feira, na primeira jornada (2-0 frente ao Feirense), o Rio Ave conquistou os primeiros três pontos, ao vencer o Marítimo por 3-1.

Não foi um Rio Ave caudaloso (ofensivamente, entenda-se), com a qualidade e o toque de bola da época passada. Não há como sê-lo nesta fase, depois da mudança de treinador e de uma revolução no defeso que destruiu o onze base da época passada.

Ainda assim, sem transbordar de bom futebol este Rio Ave conseguiu descobrir o caminho (Marítimo) para a vitória.

A jogar em casa, José Gomes apresentou um onze ofensivo, num 4-2-3-1 com três velocistas (Gabrielzinho, Dala e Galeno) a esticarem o jogo nas costas do ponta-de-lança Bruno Moreira, que chegou ao golo logo aos 12 minutos.

Estreia a marcar do ponta-de-lança português, bem servido por Gabrielzinho, numa jogada semelhante à primeira oportunidade do Rio Ave, logo aos três minutos de jogo.

Rio Ave-Marítimo, 3-1: ficha e filme do jogo

O Marítimo, que colocou a equipa da casa em sentido com uma bola na barra de Rodrigo Pinho logo aos 4’ minutos, dividiu o jogo e mostrou-se sempre perigoso na frente, com Correa e Danny a criarem nas costas de Joel Tagueu e Rodrigo Pinho. Mesmo assim, não se deu mal com a estratégia a equipa vila-condense, que voltou a criar perigo real já nos dez minutos finais da primeira parte.

Aqui entra Gelson Dala. O angolano emprestado pelo Sporting foi pouco esclarecido aos 36’, quando não respeitou a desmarcação de Galeno, isolado na área, e rematou de fora da área fácil para Amir. Mas não demoraria a aprender com o erro e aos 40’ recuperou a bola e de novo em posição privilegiada, à entrada da área, preferiu combinar com Bruno Moreira, recebendo e desviando para o golo na cara do guarda-redes do Marítimo.

O desequilíbrio, injustificado, do resultado ao intervalo, não desmotivou a equipa de Cláudio Braga, que continuou a jogar estendida sobre o relvado e a criar muitas ocasiões. Correa, o mais perigoos dos insulares, foi um quebra-cabeças constante e aos 57’ atirou cruzado ao poste. Aos 72’, de novo Correa sofreu uma grande penalidade, numa infantilidade de Buatu. O camaronês Joel Tagueu converteu e reduziu o resultado para o Marítimo, que não mostraria nos minutos finais poder de fogo para chegar ao segundo.

Rio Ave-Marítimo: destaques do jogo

Foi aliás o Rio Ave a ter as melhores oportunidades nos momentos finais, acabando por resolver o jogo num lance afortunado. Um chuto de canela de Damien Furtado… Na sequência de uma tentativa de alívio de Rúben Ferreira.

O epílogo acaba por ser o mais coerente com a verdade do jogo: o Rio Ave lutou pelo primeiro triunfo na Liga, mas não deixou de contar com alguma sorte para o garantir.

Mesmo sem transbordar de bom futebol, o Rio Ave já sabe o caminho para, como diz o hino, «querer vencer com vibrante animação».