A FIGURA

Mattheus: O filho de Bebeto voltou a ser decisivo, já depois da recente prestação de grande brilho na vitória em Vila do Conde. Caindo sobre a esquerda mas sempre procurando o espaço interior, o canarinho mostrou sempre grande destreza com bola, revelando ainda fineza dos movimentos e na finalização, tanto de cabeça como com o pé esquerdo. Dois golos e vários bons detalhes numa tarde de grande eficácia dos estorilistas.

O MOMENTO

Dois golos em cinco minutos e a Briosa a cair num poço sem fundo: O jogo estava equilibrado quando o Estoril apontou o primeiro golo, pouco depois do minuto 20. A Académica ainda procurou responder mas o segundo golo da equipa da linha não tardou: Léo Bonatini, hoje em modo assistente, abriu na perfeição para Gerso que aproveitou de forma natural a passividade da defensiva academista, deixando o jogo muito bem encaminhado para a turma de Fabiano Soares…

OUTROS DESTAQUES

Léo Bonatini: Duas assistências e zero golos, num registo consideravelmente diferente daquele que costuma apresentar nas suas exibições. Móvel, inteligente, revelou boa leitura e visão de jogo. Atributos importantíssimos e que revelam o crescimento de um jogador que, por este andar, não demorará muito até ser recrutado por um «grande»…

Gerso: Autor do segundo golo da partida, naquele que é sempre um jogo sentimental para ele (formou-se na Académica e viveu boa parte da vida em Coimbra), foi um dos mais ativos e esclarecidos da turma estorilista. De técnica apurada e velocidade na condução, podia até ter marcado mais um, após boa iniciativa individual. Foi a partir de um contra-ataque seu que surgiu a jogada do terceiro golo…

Anderson Luís: Autor da assistência para o 0-1, esteve sempre muito ativo no momento ofensivo e revelou, por norma, segurança no capítulo defensivo. Apesar de um susto inicial, após choque com Rui Pedro, partiu depois para uma exibição de bom nível.

Anderson Esiti-Diogo Amado: Formaram uma dupla implacável no centro do campo, superiorizando-se de forma clara a Leandro Silva, Fernando Alexandre e Rui Pedro. Juntando a pujança de Anderson ao critério com bola do «pêndulo» Diogo Amado aí se construíram as bases de uma grande vitória dos estorilistas. Estes dois são, neste momento, peças absolutamente fundamentais no esquema de Fabiano Soares.

Gui: O marfinense entrou para a última meia-hora e foi de longe o jogador mais capaz de agitar com o marasmo reinante no ataque academista. Rápido, corajoso e incisivo no um-para-um, sacou alguns cruzamentos interessantes e ainda esteve perto do golo. Talvez mereça mais minutos daqui para a frente…