O MOMENTO

84 minutos, golo de André Silva: Já parecia que todo o esforço portista ia ser inglório. A bola rondava a baliza, ia por cima, ao lado, ou Moreira agigantava-se para a impedir de entrar, até que, servido por Layun, André Silva apareceu para cabecear na área e a bola saiu redondinha a só parar junto ao poste esquerdo de Moreira. Estava feito o golo que deu os três ansiados pontos.

A FIGURA

André Silva: A felicidade também se procura e o jovem avançado portista conseguiu encontra-la. Depois de ter andado à procura do golo na temporada passada, achou o caminho para a baliza e não mais se perdeu. Marcou nos últimos cinco jogos oficiais pelo FC Porto: dois na temporada passada, e o pleno nesta época, com três golos em três jogos. Coqueluche do Dragão, não só mostra faro de golo, com remates sempre a rondar a baliza de Moreira, e a obrigar o guardião estorilista a grandes defesas, como não se poupa a esforços para vir atrás buscar a bola sempre que é preciso. Ainda não parou de sorrir esta época, e percebe-se bem porquê.

OUTROS DESTAQUES

Layun: Numa equipa em construção, mostrou a importância das rotinas já adquiridas, com excelentes combinações com Corona na primeira parte, quando jogaram no mesmo corredor. Seguro na defesa e com bons cruzamentos para o coração da área, voltou às assistência ao servir André Silva para o golo do FC Porto.

Rúben Neves: A vontade de jogar que mostrou no encontro passado foi mostrada este noite novamente, mas em campo. A funcionar como homem de transição entre a defesa e o meio campo, assumiu muitas das despesas de recuperação de bola e construção de jogadas.

Corona: Na primeira parte, combinou com Layun quase de olhos fechados, na segunda, chamado para o corredor direito, apareceu menos, mas ainda assim foi dos seus pés que mais cruzamentos surgiram para a área do Estoril e ainda teve algumas ocasiões em que criou perigo ao optar pelo remate.

Herrera: Com Rúben Neves a trabalhar atrás, o capitão esteve mais adiantado e livre para apoiar os homens da frente. Alguns passes de rutura, sobretudo para André Silva, a conseguir criar várias jogadas de perigo.

Moreira: Numa noite atarefadíssima, teve uma primeira parte em grande nível ao travar remate atrás de remate dos avançados portistas. André Silva foi o que mais trabalho lhe deu, mas Otávio, Corona, e Marcano também o obrigaram a puxar dos galões. Acabou por ser batido já quase no final do encontro.

Dankler: É verdade que ia fazendo um autogolo na primeira parte, mas, a par com Thiago Cardoso, conseguiu limpar diversos cruzamentos portistas para a área.

Mattheus: Embora com poucas ocasiões para tocar na bola, mostrou bons pormenores quase sempre que o fez. Na primeira parte, um remate à figura de Casillas e um cruzamento que permitiu a Alisson a única ocasião de perigo do Estoril até ao intervalo. Na segunda parte, a servir Felipe Augusto, que atirou ao lado.