*por Paulo Graça
A Figura: Raul
O central do Marítimo foi lá à frente ensinar aos colegas avançados como se faz. No meio dos centrais adversários, saltou mais alto e cabeceou como deve ser. Foi assim no primeiro e no segundo golo do Marítimo. A verdade é que não teve oposição, marcação como devia ser, mas é preciso, também, saber fugir aos marcadores individuais. São seis golos já nesta Liga, registo interessante para um defesa. A defender, tanto Miguel Rosa como Fábio Nunes poucas vezes se viram na sua zona. Foi imperial.
Momento: minuto 59
Terá sido a última «estucada» nas pretensões dos azuis de Belém quanto ao possível amealhar de pontos. Surgiu tudo num lance de bola parada, num livre no ataque maritimista. Edgar Costa fez um cruzamento em arco para a zona entre o penálti e a entrada da pequena área, bem no meio dos centrais. O resto fez Raul, que saltou mais alto e cabeceou para o 2-0, sem adversário por perto.
Outros destaques:
Edgar Costa
O verde-rubro esteve em destaque porque fez dois cruzamentos «teleguiados» para a cabeça de Raul, que correspondeu com dois golos. Foram dos seus pés que muitas vezes saiu o maior perigo das bolas paradas para a área do Belenenses. Duas assistências importantes de um jogador que ainda teve tempo para vir ajudar Patrick, quando foi preciso defender.
Luís Martins
Muito bem a defender, a temporizar as pausas defensivas e a posse de bola, sempre que preciso. A ausência de Fábio Nunes no jogo deve-se, em parte, à boa prestação defensiva do lateral verde-rubro. Combinou muito bem com Brito, e ambos foram uma dor de cabeça para o capitão do Belenenses.
João Diogo
Teve a particularidade de tapar a sua zona. Nenhum dos três golos surgiu do seu lado. Teve momentos que pediu mais apoio e mais concentração dos colegas, mas foi em vão. Foi também um regresso a uma casa que conhece e na qual foi assobiado desta vez.
Edgar Ié
Foi um central atento, mas teve pouca ajuda do colega do lado. Tem um futebol «fino», com passes frontais a servir sempre os colegas com qualidade. Tem capacidade para vir a ser um excelente central, talvez precise de mais tempo e, quem sabe, de novos colegas.
