Empate triste entre V. Guimarães e Estoril (1-1) na tarde deste domingo no D. Afonso Henriques. A turma minhota viu a matemática oficializar o falhanço europeu, a mesma matemática que mantém a equipa da linha ligada à corrente no que a um apuramento europeu diz respeito.

Pouco futebol, assobios das bancadas para um V. Guimarães que não vence há 11 jornadas e parca produtividade de um Estoril ainda com legítimas aspirações para chegar ao sexto lugar. Licá adiantou os minhotos no marcador, Felipe Augusto reestabeleceu a igualdade.

Tarde atípica no D. Afonso Henriques. O brilho do sol, a convidar a uma tarde desportiva, contrastou com o ambiente de desagrado. Afastado dos lugares europeus e sem tomar o gosto aos triunfos há dez jogos o V. Guimarães viu os seus adeptos manifestarem-se contra a prestação na presente temporada.

Uma das claques manteve-se em silêncio, a outra saiu aos 20 minutos.

Quarenta e cinco minutos para esquecer

No relvado, Sérgio Conceição e Fabiano Soares fizeram inovações nos seus onzes, as mais notadas na equipa da casa que, a quatro jornadas do fim da época, implementou um novo sistema tático com uma linha de três defesas e dois avançados, 3x5x2, portanto.

Já Fabiano Soares subiu o capitão Yohan Tavares para o setor intermediário, apostando numa dupla de centrais formada por Diego Carlos e Diakhité, em virtude das ausências de Diogo Amado e Mattheus.

FICHA DE JOGO E AO MINUTO DO V. GUIMARÃES-ESTORIL

O ambiente atípico contagiou as bancadas e também ao jogo jogado faltou um fio condutor por parte de ambas as equipas. O Estoril, ainda com aspirações europeias, não tinha argumentos para se superiorizar de forma vincada a um V. Guimarães a quem a falta de ideias não é um dado propriamente novo.

Ainda assim, numa primeira parte órfã de futebol, pertenceu à equipa da casa o lance de maior perigo, num remate à meia volta de Dourado a escassos instantes do intervalo. Muito pouco de parte a parte nos primeiros 45 minutos, exigindo-se mais aos dois emblemas.

Fabiano responde do banco ao golo de Licá

Depois do período de descanso, o figurino ameaçou não se alterar. Conceição até trocou Luís Rocha por Vigário, mas nem os vimaranenses nem a equipa da linha ousaram mostrar grandes melhorias. Situação que se alterou, até porque, mesmo de forma pouco anunciada, as redes abanaram de ambos os lados.

Primeiro foi o V. Guimarães a chegar ao golo, ao minuto 54, por intermédio de Licá. Cafú abriu bem para Dourado na esquerda, o avançado serviu Licá de primeira para o coração da área, que em dificuldades encostou para o fundo das redes de Kieszek.

Um quarto de hora depois o Estoril reestabeleceu a igualdade por Felipe Augusto, acabado de lançar por Fabiano Soares. Mendy fez-se valer da sua compleição física para ganhar espaço na esquerda, servindo depois o atacante, que sem dificuldades carimbou o resultado final.

Deu mais Estoril nos instantes finais do encontro. A equipa da linha, aquela que ainda tinha mais dividendos a tirar deste encontro, subiu as suas linhas e, a reboque das boas entradas de Marion e Felipe Augusto, provocou alguns calafrios à defesa do V. Guimarães.

O resultado não se alterou, seria também injusto pendesse para que lado pendesse. O V. Guimarães parece estar já em contagem decrescente, esperando o final da época. O Estoril ainda sonha, mas fez pouco por manter os sonhos em Guimarães.