* Por Raul Caires

A FIGURA: Moreira, «mãos e cabeça de ferro»

O experiente guarda-redes do Estoril teve muito mais trabalho que o seu homólogo do Nacional, Rui Silva, nomeadamente no segundo tempo, período em que a sua equipa apostou claramente em defender a vantagem conquistada com felicidade aos 10 minutos da primeira parte. A vitória do Estoril foi arrancada na Choupana com muito suor e dedicação, e o antigo guardião do Benfica pagou uma boa parte destas “despesas” ao decidir sempre bem na área que lhe foi confiada. 

O MOMENTO: autogolo de Aly Ghazal

O egípcio tem sido uma aposta a titular em muitos “onzes” de Manuel Machado, apesar de, recorrentemente, protagonizar erros que quase sempre acabam por ditar que não venha a terminar os 90 minutos em campo. Este sábado saiu também saiu mais cedo e ficou associado ao momento de grande infelicidade que, por certo, estragou a estratégia da sua equipa. 

OUTROS DESTAQUES

Tobias Figueiredo: o central emprestado pelo Sporting regressou ao eixo da defesa ao Nacional, e com ele voltou a segurança que Manuel Machado precisava, e que ficou bem evidente no segundo tempo, quando a equipa madeirense subiu em bloco em busca do empate deixando Tobias com o comando total sobre o seu último reduto.

Rui Silva: o jovem guardião nacionalista voltou a apresentar-se seguro entre os postes, quer na hora de travar remates quer quando foi necessário sair a cruzamentos, sobretudo no primeiro tempo, quando as suas capacidades foram postas à prova com mais frequência. Nada podia fazer no auto-golo sofrido, que nasceu, como se sabe, de uma infelicidade do colega Aly Ghazal.

Matheus Índio: quando o Estoril quis aproximar-se com perigo da área do Nacional teve no seu médio ofensivo um dos principais protagonistas. O destaque é merecido pelo trabalho que deu à defesa nacionalista, sobretudo no primeiro tempo.

Hamzaoui: o avançado argelino teve nos pés um das melhores oportunidades que o Nacional dispôs para empatar a partida, ao cair do pano no primeiro tempo. Atirou perto do poste, mas ficou a sensação de que podia ter feito muito melhor. No segundo tempo lutou com muito coração e pouca cabeça.

Diakhité: o possante central senegalês liderou a defesa do Estoril em todo o jogo, tendo-se destacado no período de maior aperto, ou seja, na etapa complementar, quando o Nacional deu o «tudo por tudo». Foi determinante sobretudo no capítulo da antecipação e também no do sacrifício. Fabiano Soares deve ter ficado muito feliz com a usa exibição.