O Benfica recebe o Vitória de Guimarães três dias antes de discutir com o Sp. Braga um lugar na final da Taça da Liga, mas Rui Vitória garante ainda não pensar no duelo de segunda-feira, mantendo-se fiel a uma filosofia tantas vezes repetida ao longo da época.

«Faltam quatro ou cinco finais, e interessa é a próxima, que merece total dedicação da nossa parte. Ainda não estou muito preocupado e focado no Sp. Braga. Há um foco total no adversário desta sexta-feira. É uma final, e nas finais não se pensa no que está para trás, nem no futuro. A partir de sexta-feira à noite vamos pensar no Sp. Braga», afirmou o técnico, em conferência de imprensa.

Rui Vitória insistiu na ideia de que «o próximo jogo é sempre o mais difícil». «Faltam três jogos, três finais. Não queremos vencer a última se não vencermos a próxima. Os jogos são todos difíceis. Estamos cem por cento dedicados a este jogo. Não há jogos mais fáceis ou mais difíceis», sublinhou.

Sem vencer há onze jogos, o Vitória de Guimarães está já arredado de uma qualificação europeia mas também afastado da aflitiva luta pela permanência. O treinador do Benfica admite assim duas possíveis facetas no adversário, mas esperando sempre a mais perigosa.

«Posso olhar para o Vitória de duas maneiras: pode vir mais descontraído e mais tranquilo, mas também pode tirar-lhes algum foco. Estou em crer que, pela dimensão do Vitória, pela grandeza do clube, e pelos jogadores que tem, vai tentar dividir o jogo e mostrar qualidade», começou por dizer.

«Espero um jogo complicado, difícil, frente a uma boa equipa. Mas como temos dito, jogar aqui na Luz e representar o Benfica é procurar o triunfo de forma constante. É mais uma final, e o foco só pode estar no Vitória. Respeitamos o adversário mas queremos muito ganhar», acrescentou.

Questionado se estava em vantagem sobre Sérgio Conceição pelo conhecimento que tem da equipa vimaranense, que treinou durante quatro épocas, Rui Vitória lembrou que «criam-se novas relações, novas dinâmicas e novas filosofias de trabalho». «Há uma visão diferente da minha, certamente. São novas realidades. Preparo a minha equipa para o jogo que vou encontrar, seja que adversário for. Há uma metadologia própria de analisar o adversário, e este jogo não vai fugir à regra», afirmou.

O treinador do Benfica foi também confrontado com as críticas do presidente do Sporting à escolha de Bruno Paixão para o jogo da Luz, por não tratar-se de um árbitro internacional. Frisando que não estava a comentar diretamente aquilo que disse Bruno de Carvalho, Rui Vitória desvalorizou a questão das insígnias: «Está nomeado, está nomeado. Não me preocupo muito com estas questões. Temos qualidade na arbitragem portuguesa. Nem pensei nisso. Nem são quem são os árbitros internacionais, para dizer quem deve ou não vir.»