FIGURA: SLIMANI
Autor de um chapéu tecnicamente notável, foi um dos jogadores mais ativos dos leões durante o primeiro tempo. De regresso ao onze de Jesus, mexeu-se bastante, oferecendo-se ao jogo e dando boas opções de passe aos seus companheiros. O golo, após boa assistência de Carrillo, não foi mais do que uma consequência natural da qualidade do seu jogo. Além disso, ganhou a grande penalidade do 1-3, numa jogada de grande mérito, na qual forçou a passagem sobre Fernando Alexandre, obrigando à falta e consequente expulsão do academista.

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MOMENTO: RABIOLA AGITA O JOGO
Num momento em que o Sporting liderava confortavelmente e a Briosa parecia incapaz de criar perigo, surgiu um lance que mudou a cara do jogo: Leandro Silva e Adrien discutiram uma bola na área, com o jogador do Sporting a chegar à bola mas com o árbitro a entender que existiu contacto posterior entre ambos. A grande penalidade acabou por ser assinalada e convertida por Rabiola e o jogo conheceu uma transformação, com os leões a perderem todo o ascendente que haviam tido, de forma clara, até então. O efeito durou pouco, ainda assim.

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OUTROS DESTAQUES

João Mário:
Foi o maestro do jogo do Sporting. Como sempre, apareceu de cabeça levantada, transportando a bola e encontrando as melhores linhas de passe. Junto a Adrien, apoderou-se do jogo a meio-campo e dominou perante uma Académica passiva e sobretudo defensiva. No segundo tempo, teve a primeira ocasião do Sporting, num remate de meia distância que não passou longe do poste direito (60 min.) e foi continuando a aparecer com esclarecimento, caindo muitas vezes na meia-direita.

Carlos Mané:
Arrancou em grande estilo, rompendo a frágil estrutura defensiva da Briosa e apontando o primeiro da formação de Alvalade, após trabalho de Adrien. Rápido, foi esticando o jogo entre as zonas interiores e o corredor lateral. Com o passar do tempo, perdeu algum fogo mas na segunda parte voltou a aparecer, ganhando uma grande penalidade, desperdiçada por Adrien Silva. Regresso à titularidade em bom nível.

Carrillo:
A nuance tática introduzida por Jorge Jesus na nova temporada parece ter feito bem ao futebol do peruano, potenciando as suas melhores qualidades. Aparecendo mais por dentro, em ziguezagues e triangulações, foi desequilibrando, mexendo muito com o jogo ofensivo do Sporting. Assistiu Slimani para o 0-2 e acabou substituído no segundo período, numa altura em que já se notava o desgaste físico.

Ricardo Esgaio:
No regresso a uma casa que bem conhece (representou a Académica na segunda metade da última época), o substituto do habitual titular João Pereira provou competência, tanto a defender como a atacar. Aplicado e rápido na disputa dos lances, deu profundidade e capacidade de passe/cruzamento no meio-campo contrário. Jogo muito interessante, claramente a pedir a titularidade mais vezes.

Leandro Silva:
Dinâmico, foi um dos elementos da Académica que mais fez por mexer com o rumo do desafio. Encontrando linhas de passe, desarmando adversários e correndo quilómetros, mostrou sempre uma disponibilidade física superior à de boa parte dos companheiros. Está a começar o trajeto no principal escalão mas as primeiras indicações são francamente positivas.