Por: Raúl Caires

A figura: Brahimi

Depois de uma verdadeira obra de arte em Aveiro, decidindo o embate com o Tondela, Brahimi voltou a demonstrar pé quente. Mais um golo de belo efeito, embora com uma beleza incomparável, após cruzamento de Maxi Pereira. O argelinou dominou à entrada da área e rematou como se de um penálti se tratasse. Antes, tinha aberto o caminho para o 0-1, galgando metros até servir Layún, que cruzou para a cabeça de Herrera. Continua a ser o principal desequilibrador do FC Porto e saiu ao minuto 70 a pensar em próximas batalhas.

O momento: a cabeça de ouro de Herrera
Hector Herrera recebeu o Dragão de Ouro na segunda-feira, depois de ser titular e capitão frente ao Tondela. Entretanto, seguiu viagem para a Madeira e surgiu novamente no onze com a braçadeira. Ao 12º minuto de jogo desequilibrou os pratos da balança com um cabeceamento a passe de Layún. Curiosamente, foi o segundo golo da época e o segundo na Madeira, já que tinha sido o autor do tento portista no empate frente ao Marítimo (1-1).

Outros destaques:

Miguel Layún e Maxi Pereira
Os laterais do FC Porto continuam a assumir uma importância vital no processo ofensivo. Mais três assistências para esta dupla que chegou ao Dragão para substituir dois internacionais brasileiros: Danilo e Alex Sandro. Layún cruzou para o primeiro golo, apontado por Herrera, e bateu o livre que permitiu a Danilo Pereira fechar a contagem. Maxi Pereira surgiu em cena no lance do 0-2, cruzando para Brahimi, que fez o resto.

Jesus Corona
Realidade curiosa: tem cinco golos marcados da Liga, dividindo o estatuto de melhor marcador do FC Porto na prova com Aboubakar. Porém, não assinou uma exibição de grande nível. Pelo contrário. Depois de uma estreia relativamente interessante em Arouca, Jesus Corona tem valido mais pelos golos do que pelas restantes ações no terreno do jogo. Desta vez, procurou um cruzamento, a bola levantou num tufo de relva e saiu em velocidade para a baliza de André Moreira, permitindo ao FC Porto chegar ao 0-3.

Dani Osvaldo
A segunda novidade no onze do FC Porto, a par de Jesus Corona. Não participou nos três golos azuis e brancos e ameaçava passar, uma vez mais, ao lado do encontro. Porventura desalentado com esse cenário, Dani Osvaldo teve uma entrada mais perigosa sobre Paulo Monteiro – embora não seja claro que tenha atingido o adversário – e Bruno Paixão nem hesitou, mostrando o cartão vermelho direto ao avançado italo-argentino. Noite para esquecer.

Élio Martins
Amilton foi a unidade mais perigosa ao longo da etapa inicial mas Élio Martins foi procurando o seu espaço e pareceu sentir-se melhor quando teve liberdade para sair da zona central. Causou alguns embaraços à defesa do FC Porto na segunda metade do encontro e protagonizou um lance polémica, em que Maxi Pereira parece cometer falta na área, com Bruno Paixão a decidir-se por assinalar uma infração do próprio Élio.