O Sporting está a sete pontos do primeiro lugar e a história dos campeonatos nacionais, desde 1934/1935, confirma que nenhuma equipa recuperou de sete pontos de desvantagem, na segunda volta, para ser campeã.

O máximo que aconteceu foi recuperar-se de uma desvantagem de cinco pontos.

Em 1970/1971, num campeonato com 26 jornadas, à 13.ª o Benfica estava em segundo, com 17 pontos, menos cinco do que o Sporting, e acabou por ser campeão e até com mais três pontos do que o clube de Alvalade, que ficou em segundo (41 contra 38 pontos).

Na época de 2011/2012 aconteceu o mesmo, mas com emblemas diferentes. O campeonato teve 30 jornadas, na 17.ª o Benfica estava na frente, com 45 pontos, e o FC Porto em segundo, com 40. Mas foram os dragões que venceram o título com 75 pontos, mais seis do que a formação da Luz (69), que ficou em segundo.

Recuperar de uma desvantagem de quatros pontos é um pouco mais usual, mas também não aconteceu assim tantas vezes. Foram apenas três.

Em 1951/1952, jogaram-se 26 rondas e à 14.ª quem ia na frente era o FC Porto, com 24 pontos, mais quatro do que o Sporting. No final, quem venceu o campeonato nacional foram os leões, com 41 pontos. Ficando o FC Porto em terceiro, com 36.

Na temporada de 1958/1959, foi o FC Porto que recuperou de uma desvantagem de quatro pontos para o Benfica. Em 26 jogos os azuis e brancos alcançaram os mesmos 41 pontos que os encarnados e foram campeões, depois de à 16.ª jornada o Benfica estar na frente com 26 pontos. O FC Porto teve vantagem no confronto direto, depois do empate a zero, no seu reduto, e do empate a um na Luz.

Mais recentemente foi em 2012/2013, quando o FC Porto venceu o título, com mais um ponto do que os encarnados, após 30 jogos, depois de o Benfica estar à 23.ª jornada com mais quatros pontos: 61 contra 57.

Sendo assim, a história não favorece o sonho leonino e seria inédito o Sporting conquistar o título depois de estar na segunda volta a sete pontos do primeiro classificado. No entanto, matematicamente ainda é possível.