Luís Castro, treinador do Desp. Chaves, na sala de imprensa do Municipal Engº Branco Teixeira, em Chaves, após o empate a duas bolas frente ao V. Setúbal, para a 20ª jornada da Liga.

«Acho que o empate foi justo sim, depois a forma como acontece ou não é outra história, senti a nossa equipa um pouco à quem do ritmo competitivo que tem demonstrado nos outros jogos, quero querer que a paragem de 11 dias provocou este abaixamento de ritmo na equipa, é normal isto acontecer, com os períodos tão largos, mais uma vez jogando contra equipa que tinha disputado um jogo da final da Taça da Liga.»

«Senti a equipa um pouco aquém em termos competitivos, tivemos uma primeira parte com ritmo baixo, retificámos, mas essa retificação durou dez minutos, na segunda parte entrámos muito fortes, criámos muitas situações de golo, há terceira situação da segunda parte fizemos o golo e, a partir daí, tivemos de suster muito do Vitória na procura do empate, foi daqueles jogos em que a equipa provoca no treinador sensações diversas e que nos apetece mudar várias coisas e que achamos que as substituições são poucas para o tanto que vai na nossa cabeça, mas o futebol é assim e aceito o empate, como aceito qualquer resultado, os golos é que valem e que dão justiça ao jogo, não há justiça para além dos golo.»

[Sobre a arbitragem] «Gostava muito de comentar isso, mas nos sítios mais próprios do que numa conferência de imprensa após um jogo, eu acho que o futebol neste momento está num clima muito forte de instabilidade, chamar-lhe-ia um clima de guerra, entre aspas, normalmente uma guerra leva à violência e depois à destruição, futebol está a percorrer caminhos perigosos, não estou a dizer que é por causa dos árbitros.»

«Se estivéssemos num clima de paz, eu comentava o lance e os minutos, neste momento, prefiro que os árbitros façam a gestão do jogo, prefiro eu fazer a gestão da minha equipa e o Couceiro fez da dele, pronto, deu 2-2, o árbitro podia ter dado seis minutos e nos não devíamos ter sofrido o golo aos 90+6, interessa-me perceber porque é que isto aconteceu e eu já percebi.»

«Não quero ser apelidado de ingénuo e de anjinho, sei olhar para as coisas, sei perceber as coisas, sei analisar as coisas, agora quero percorrer este caminho neste momento, quero analisar a minha equipa, quero perceber o que aconteceu com ele, quero perceber porque é que sofremos um golo de canto, e porque fizemos penálti num canto, isto é que quero perceber.»

[Possibilidade de novos reforços] «O meio-campo foi fustigado por lesões mas foi o meio-campo que fez percurso fantástico no campeonato, portanto, nada está a falhar, nada falhou na equipa, a equipa esteve sempre a níveis muito bons, o meio-campo foi sempre muito forte, mesmo faltando unidades.  Acho que não vai haver surpresas, sempre vos disse, o maior reforço da equipa era recuperar fisicamente as lesões, é isso que eu espero.»

[Sobre a possível saída do Hamdou] «Poderá sair ou não mais um jogador até ao último momento de mercado, estamos a falar de Hamdou Elhouni, o jogador manifestou vontade de sair, nem todos os que manifestam vontade de sair eu abro porta, não gostaria que ele saísse num primeiro momento, o jogador mostrou grande vontade de o fazer. A entrada do Stephan Eustáquio é devido a um numero reduzido de jogadores nesse sector. Andamos deficitários de jogadores no meio, só tínhamos seis, com as lesões do Galvão e agora o do Patrão, o meio apresenta-se desgastado com muitos minutos.»