Domingos Paciência, que saiu do comando técnico do V. Setúbal há dois meses, foi um dos treinadores presentes na XII Gala do Gaiense.

Questionado sobre o duelo Benfica/FC Porto pelo título, Domingos comentou: «É positivo para o campeonato haver uma luta destas até ao fim», começou por referir.

«Nota-se que o FC Porto está bem, tem confiança. Se continuar assim, é bom para o campeonato, há uma incerteza até ao fim quanto ao campeão», insistiu.

«Foi até à última jornada. Não tivemos a sorte de festejar.  A margem é mínima neste momento, a pressão é para os dois. O FC Poto também tem a pressão de não perder mais pontos, para se manter na cola do Benfica», analisou Domingos.

O facto do Benfica receber o FC Porto é vantagem acrescida ao líder da prova? «O FC Porto já ganhou na Luz.... Se analisarmos o que aconteceu noutros anos, o FC Porto tem reagido bem aos momentos decisivos».

Sobre a ideia de que as arbitragens, no geral, têm beneficiado mais o Benfica nesta Liga, Domingos observou: «Têm havido demasiados erros, que noutros anos não tem acontecido e isso tem tido influência na classificação. Houve golos que não deveriam acontecer. Mas espero que os árbitros não cometam mais erros até ao fim».

Quanto ao percurso do FC Porto na Champions, Domingos mostra-se otimista: «Quem eliminou assim o Basileia pode chegar mais longe. Os possíveis adversários não são fáceis, mas há equipas, como o Monaco, que podem estar ao alcance».

«Marco Silva tem gerido bem»

O filho de Domingos, Gonçalo Paciência, está a ter integração progressiva no plantel principal do FC Porto.

Algo que orgulha o pai, ainda que seja tema que Domingos não goste muito de desenvolver: «Como pai, vivi momentos de orgulho, vê-lo a chegar a um clube profissional, cumprir o sonho de ser futebolista a esse nível. Mas é um fardo que ele carrega, o de ser filho de quem é. Espero que o que ele conseguir, que o consiga como Gonçalo, não como o filho do Domingos Paciência».

Quanto a Marco Silva, e o seu trabalho no Sporting, clube que Domingos já orientou: «Não gosto de falar dos colegas, para mais em clube onde já passei. Momentos diferentes, pessoas diferentes, direções diferentes... Mas acho que o Marco tem gerido bem a carreira».