O Relatório e Contas do FC Porto, referente ao exercício 2022/23, apresenta um «resultado líquido negativo de 2.430 milhões de euros». O prejuízo do clube tem reflexo nas contas do Grupo FC Porto, impactadas em larga escala pelo balanço da SAD, com resultados negativos superiores a 48 milhões de euros.

Os sócios do FC Porto irão pronunciar-se sobre as contas do clube no próximo dia 29 de novembro, a partir das 21 horas, em Assembleia Geral ordinária que será realizada no Dragão Arena. E quantos sócios têm os dragões, atualmente?

De acordo com a informação presente no Relatório e Contas, o emblema portista tinha 122.744 associados a 30 de junho de 2023, uma subida de perto de sete mil sócios no espaço de um ano (eram 114.910 a 30 de junho de 2022).

Destes 122.744 associados, mais de 81 mil (81.789) são adultos, tendo como tal poder de voto. Os restantes são juniores (23.799) e infantis (17.149).

Por outro lado, registou-se uma diminuição das receitas associativas, de cerca de 500 mil euros, por comparação com o exercício anterior: «Esta queda é fundamentalmente explicada pelo facto de, no exercício 2021/2022, se ter realizado o processo de renumeração de sócios, que teve um impacto positivo nas receitas, uma vez que levou alguns associados a regularizarem as quotas de forma a manterem a sua antiguidade.»

Refira-se que as receitas associativas, atualmente na ordem dos 6.021 milhões de euros, representam 39% dos rendimentos operacionais do FC Porto. Os restantes rendimentos provém de cedência de instalações (29%), publicidade (14%), receitas desportivas (6%), cessão da exploração do Museu (4%) e outros rendimentos (6%).

No total, os rendimentos operacionais subiram de 13,622 para 15,616 milhões de euros, em comparação com 2021/21. Ainda assim, voltam a não cobrir as despesas operacionais, fixadas nos 18,536 milhões, um valor também superior ao do último exercício, que tinha contado com gastos na ordem dos 16,525 milhões.

As despesas operacionais são dominadas pelos Fornecimentos e Serviços Externos (52%) e Custos Operacionais (40%), para além de Amortizações e Depreciações (6%) e Outros Gastos Operacionais (4%).

«No que diz respeito aos fornecimentos e serviços externos», explica o FC Porto, «verificou-se um acréscimo global de 834m€, dividido pelos diversos gastos que integram a rubrica, principalmente custos com conservação e reparação das diversas infraestruturas a cargo do Clube e despesas com deslocações e estadas, devido à participação das modalidades nas competições europeias.»