Vasco Seabra, treinador do Paços de Ferreira, em declarações na sala de imprensa do Estádio do Dragão, após a derrota por 6-1 frente ao FC Porto:

«É verdade que a nossa estratégia passava por termos as linhas curtas, compactas e ter capacidade para pressionar. Ao mesmo tempo, queríamos ter a linha defensiva curta para impedir espaço entrelinhas, sabendo que o FC Porto também explora bem a profundidade. Mas podíamos controlar isso se tivéssemos os apoios corretos.

A verdade é que durante parte do jogo, principalmente na primeira parte, fomos pouco agressivos. Demorámos algum tempo a encurtar o espaço quando a bola rodava. O FC Porto tinha espaço e tempo para projetar os seus jogadores. Como tal, sofremos logo um golo, empatámos e acreditámos que íamos estabilizar. Mas depois, começámos a cometer erros anormais.»

[Adaptação de um central ao lado esquerdo da defesa]:

«A inconstância em alguns lugares retira-nos competitividade. Sem culpar ninguém até porque quando perdemos, perdemos todos.

A derrota foi pesada. Antes deste jogo, só tínhamos onze golos sofridos, o que é sintomático da nossa capacidade para não conceder oportunidades ao adversário.

Temos de nos levantar.»

[Aspetos positivos do encontro]:

«Queremos recordar os momentos bons. Hoje tivemos alguns momentos negativos e temos obviamente de os corrigir. Temos um ou outro momento em que quisemos assumir o jogo. Foi pouco para o que pretendíamos. Não esquecemos o que temos vindo a fazer. 

Nem tudo está mal, nem tudo estava bem antes do jogo Temos um caminho a percorrer e no próximo jogo daremos uma resposta diferente.»

«Tivemos dificuldade em bloquear os corredores por falta de agressividade. É inegável que hoje tínhamos quatro laterais de fora, e obviamente somos mais competitivos quando temos todos os jogadores disponíveis. Os nossos laterais não fizeram um mau jogo, atenção.»

[Exibição da equipa]:

«Normalmente quando olhámos para os números, somos catapultados para frases mais fortes. Olho à minha volta e vejo equipas que já perderam por tantos golos como nós. Às vezes, tudo muda num pormenor. A partir do 4-1, o jogo ficou muito complicado. Sabíamos que era difícil contornar as adversidades do jogo. Temos de olhar para o que somos capazes de fazer.

Não me parece que seja significativo dizer que é a pior exibição. Encontrámos um adversário que em cinco remates nos primeiros trinta minutos fez quatro golos. Poderei arranjar uma série de argumentos e tudo parecerá uma desculpa.

Prefiro perceber que estivemos abaixo do habitual, sabemos que temos condições para fazer mais.»