Avassalador.

Foi desta forma que o FC Porto se apresentou no regresso às vitórias, perante um Paços de Ferreira que se revelou a vítima perfeita para a ocasião.

Os números são claros e não mentem: 21 golos marcados em cinco jogos no Estádio do Dragão. Este FC Porto é uma máquina habilitada a aniquilar diante do seu público, pelo menos nas provas internas. E é algo que começa a ser um hábito.

FICHA E FILME DO JOGO

Sérgio Conceição voltou a colocar Marega perto de Aboubakar, deixando o corredor direito para Corona e Ricardo. Contudo, o maior destaque foi a titularidade de José Sá na baliza dos portistas. Aparentemente, o português ganhou o lugar a Iker Casillas.

Entre os regressados, foi Ricardo quem esteve em plano de evidência. Ainda alguns adeptos se sentavam e já o lateral direito tinham inaugurado o marcador. Minutos depois, Aboubakar desperdiçou uma flagrante oportunidade para arrumar a questão. Tudo isto, saliente-se, apenas com sete minutos decorridos.

O Paços de Ferreira, à procura do primeiro triunfo longe da Mata Real, teve a ousadia de tentar assustar o líder do campeonato. Welthon, com uma bomba, restabeleceu a igualdade ainda dentro dos primeiros dez minutos.

Um início de jogo louco.

O FC Porto praticamente não sentiu o golo encaixado e continuou naquele estilo muito próprio desde a chegada de Conceição: apetite insaciável pela baliza, sem pedir licença para invadir a muralha adversária, quer pelos flancos quer pelo centro do terreno. E com ordem para disparar à mínima oportunidade.

Adivinha-se novo golo portista e este acabou por surgir por Felipe, com Ricardo a assistir. A equipa de Conceição não tirou o pé do acelerador e continuou a sufocar por completo a formação de Vasco Seabra. Marega acabou por assinar o terceiro golo.

Vantagem previsível e natural, perante o que se passava no relvado.

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A cada minuto que passava, o Paços ficava mais curto. Recuava, recuava e tentava suster, da maneira possível, a avalanche ofensiva contrária.

Perto da meia hora de jogo, Marega assinou o segundo golo da conta pessoal e praticamente sentenciou o jogo. 

A larga vantagem portista teve o condão de alterar a postura do Paços de Ferreira na etapa complementar. A equipa tentou pressionar alto, subir no terreno e jogar mais perto da baliza de José Sá. Sem efeitos práticos, diga-se.

O FC Porto continuou a mostrar-se impiedoso, cruel, com capacidade e vontade de desferir golpes implacáveis no adversário. Portanto, foi com naturalidade que Corona e Aboubakar aumentaram a vantagem do FC Porto.

Até ao final, os números da vitória do FC Porto poderiam ter sido ainda mais expressivos, tamanho o caudal ofensivo e as oportunidades esbanjadas.

Um triunfo indiscutível de uma equipa que continua a revelar-se demolidora no conforto do lar perante um adversário que se revelou bastante frágil.