Figura: Pedro Santos
Era uma das incógnitas para o lado direito do ataque o Sp. Braga, mas Sérgio Conceição resolveu lançá-lo de início e acabou por dar-se bem. Esteve ligado a quase todos os lances de perigo dos bracarenses no primeiro tempo: serviu Aderlan Santos que falhou de baliza aberta um golo feito e mostrou qualidade acima da média quando, ainda na primeira parte, arrancou pela direita e serviu Zé Luís, que permitiu a defesa de Kieszek. Foi ele o autor do golo da tranquilidade dos minhotos, ao marcar de forma irrepreensível um livre que acabou por aninhar-se no fundo das redes. Deixamos-lhe um elogio com uma pergunta: alguém notou a ausência de Pardo?

Crónica de jogo
 
Momento: Djavan crucial a desbloquear o jogo (56 minutos)
O Estoril lutava para suster o ímpeto ofensivo do Sp. Braga quando o lateral esquerdo resolveu desequilibrar. Combinou na perfeição com Rafa e tirou um cruzamento perfeito que encontrou Rúben Micael que, sem marcação, abriu a contagem.
 
Negativo: equipa de arbitragem
Corria o minuto 24 quando Danilo caiu dentro da área, atropelado por Rúben Fernandes. A queda foi aparatosa, mas o juiz Mário Oliveira mandou jogar. Não apontou para a marca da grande penalidade nem adoestou o médio bracarense com a cartolina amarela. Uma decisão errada que só é atenuada por não ter tido influenciado o resultado final.
 
OUTROS DESTAQUES:
 
Danilo
Tem apenas 18 anos, mas revela uma maturidade acima da média e não é por acaso que o seu nome já está a ser associado a alguns «tubarões» europeus. Pode ser um médio de contenção, mas esta noite aventurou-se por caminhos mais adiantados e só não foi premiado porque o árbitro fez vista grossa a um derrube de Rúben Fernandes sobre o médio bracarense.
 
Rafa
Tem uma qualidade técnica acima da média e foi sempre um dos elementos mais desequilibradores no ataque dos minhotos. Combinou na perfeição com Djavan no lance que deu origem ao primeiro golo. Tem um raio de ação que não se resume ao flanco esquerdo.
 
Rúben Micael
É o cérebro do Sp. Braga e tem uma amplitude de jogo que lhe permite ser peça importante nos planos defensivo e ofensivo da equipa. Foi ele o autor do primeiro golo dos «arsenalistas» e, pouco depois, esteve perto de bisar.
 
Matías Cabrera
Foi um dos jogadores mais inconformados do Estoril e foram dos pés dele que nasceram alguns lances perigosos na primeira parte, pondo o Sp. Braga em sentido em duas ocasiões. Mais apagado no segundo tempo, acabou por sair a 15 minutos do fim.