Manuel Machado já tinha prometido que no final da primeira volta do campeonato iria redefinir, ou não, objetivos para a época e esta manhã cumpriu com a promessa. O treinador do Nacional acabou por reconhecer que a grande meta passa mesmo pela…manutenção.

«Não iremos estar com grandes sonhos para podermos chegar ao primeiro terço porque tal não será fácil», confessou o técnico, justificando de pronto: «Estamos nove pontos atrás do que era previsível para podermos ser competitivos e ficarmos no primeiro terço da tabela. Se olharmos ao histórico da competição, para se fazer um 5º, 6º lugar serão sempre precisos entre 52 a 56 pontos. Estamos com 18 e devíamos de ter 27 no mínimo para dobrar para os 54», começou por realçar Manuel Machado, assegurando logo de seguida: «Nove pontos de atraso não são facilmente recuperáveis, embora não seja impossível. Mas temos de ser realistas: há um défice grande para a projeção feita no início de época. Vamos tentar recuperar e tentar criar um fosso maior possível para a linha de despromoção que ainda não é de conforto, pois estamos apenas com sete pontos a mais em relação ao 17º, o que não dá a segurança que desejamos», admitiu.

Manuel Machado não tem dúvidas em assumir que a prioridade passa assegurar o mais rápido possível a tranquilidade. «A manutenção é o primeiro objetivo para que a tranquilidade possa vir a acentuar-se e a equipa possa jogar de forma menos pressionada», complementou.

Sobre o momento da equipa, ficou a certeza da parte do treinador: «Há alguns sinais de retoma com os últimos resultados. Queremos dar continuidade a este ciclo um pouco mais positivo, por isso espero começar a segunda volta a ganhar», realçou, referindo-se ao adversário deste domingo: o Moreirense.

«É uma equipa que nos tem criado problemas mas nada é eterno e queremos inverter esse ciclo de maus resultados com eles. Na primeira volta deram-nos problemas no plano defensivo. É uma equipa paciente que joga atrás da linha da bola e espero pelo erro do adversário para fazer um golo, por isso nós também temos de ser pacientes», concluiu.