Era o jogo da retoma aos bons resultados, mas nem Rio Ave nem Paços Ferreira conseguiram conquistar os três pontos e continuam em queda na tabela classificativa. Os pacenses, mais pragmáticos, marcaram primeiro, mas os vilacondenses, com uma excelente segunda parte, chegaram à igualdade, acabando por dividir os pontos.

Assim, a equipa da capital do móvel somou o quinto jogo sem ganhar e pode ver o Vitória de Guimarães aproximar-se. Já a formação rioavista foi igualada pelo Marítimo e caiu para o 15.º lugar, um acima da linha d’água. Zé Uilton marcou para os forasteiros e Fábio Coentrão empatou para os locais.

Miguel Cardoso não esteve com meias medidas e fez quatro alterações no onze que iniciou a partida na Madeira frente ao Marítimo. Pedro Amaral, Filipe Augusto, Gabrielzinho e Gelson Dala rederam Pelé, Francisco Geraldes, Carlos Mané e Ronan. Pepa não ficou muito atrás e protagonizou três mudanças. Bruno Costa, João Amaral e Hélder Ferreira saíram para a entrada de Rebocho, Luiz Carlos e Luther Singh.

A formação rioavista entrou cheia de vontade de inverter a onda de maus resultados e entrou a marcar, mas o golo de Gelson Dala não contou – estava em offside. Com mais bola, o Rio Ave ia tentando encontrar brechas na defesa pacense, que defendia com os setores muito juntos e onze homens atrás da linha da bola. Num desses lances, Pedro Amaral entrou a área pela esquerda e cruzou atrasado para o remate de Fábio Coentrão, que saiu a rasar o poste.

O Paços Ferreira apostava num jogo mais vertical, procurando a velocidade do trio atacante e acabou por ser bem-sucedido. Bola longa para a velocidade de Singh que segurou e isolou Uilton. À saída de Kieszek, o avançado picou o esférico por cima do polaco e abriu o marcador.

Os vilacondenses tinham muita bola, mas os processos decorriam de forma muito lenta, facilitando a tarefa defensiva dos castores. Já a equipa da capital do móvel não tinha meias medidas. Rebocho, desde lá de trás, solicitou a corrida de Tanque que, depois de partir os rins a Santos, rematou colocado para excelente defesa de Kieszek. O pragmatismo da equipa de Pepa dava resultado, chegando ao intervalo em vantagem.

Mais Rio Ave na segunda parte

Para a segunda parte, Miguel Cardoso fez dupla alteração. Tarantini e Gabrielzinho saíram para a entrada de Geraldes e Juninho Brandão. E, coincidência ou não, a equipa melhorou consideravelmente e chegou ao empate. Francisco Geraldes cruzou para o segundo poste onde Borevkovic devolveu para o coração da área onde estava Fábio Coentrão a cabecear para golo. Pouco depois, Gelson Dala ficou perto do segundo, mas teve pontaria a mais e acertou no poste, quando estava em excelente posição.

O Rio Ave apareceu transfigurado para a segunda metade, somando à posse de bola lances de perigo. Por isso, Pepa sentiu que precisava de fazer alguma coisa para despertar a equipa e também fez duas alterações em simultâneo. Com isso, a equipa não conseguiu equilibrar a contenda, mas conteve o ímpeto ofensivo dos vilacondenses.

Até ao final, apenas notas negativas: Ivo Pinto ‘pegou-se’ com o árbitro assistente e quando Manuel Oliveira lhe ia mostrar o cartão amarelo, voltou a mostrar o desagrado e acabou expulso. Ato contínuo, o presidente rioavista, que estava no banco de suplentes, viu também o cartão vermelho e foi mais cedo para o balneário. O resultado, esse, não mais se alterou.