A FIGURA

Diogo Jota: Muito tapado na primeira parte, conseguiu, ainda assim, arranjar alguns espaços por onde furar e importunar os defesas do FC Porto que tiveram, muitas vezes, que recorrer à falta para o travar. Na segunda parte, além de muitas recuperações de bola, foi inventando cada vez mais caminhos e começou também a tentar os remates de longe. Apareceu muito bem, vindo de trás, para dar sequência a um cruzamento de Cícero e bater Casillas. Depois, ganhou confiança e não parou mais de dar dores de cabeça aos defesas.

O MOMENTO

Golo de Diogo Jota, 80 minutos: Depois de uma primeira parte em que o FC Porto controlou e os pacenses se remeteram quase sempre à defesa, a formação da casa entrou melhor na segunda etapa. Graças às substituições de Jorge Simão, o Paços foi metendo mais homens na área. Quando o encontro já se aproximava do fim, Edson Farias aproveitou uma perda de bola de Layun em lugar proibido, deixou para Cícero, que apareceu vindo de trás, a fugir de Sérgio Oliveira, e conseguiu o cruzamento atrasado para Diogo Jota, que rematou. A bola passou pelo buraco da agulha e só parou dentro da baliza. Estava decidido o encontro.

OUTROS DESTAQUES

Sérgio Oliveira: Um lutador. Desde o início, tinha a baliza como meta e mostrou-se determinado a lá chegar. Aguerrido, como faz parte da personalidade do médio portista, não desistiu de nenhum lance e foi furando pelo meio campo pacense para chegar, mais do que uma vez com perigo à área. Bons remates a curta e média distância e um cruzamento na primeira parte a fazer a bola cair à boca da baliza de Defendi, mas que ninguém aproveitou. Na segunda parte, mais chamado a defender, ia fazendo um autogolo. Depois, viu Cícero fugir-lhe e cruzar para o golo de Diogo Jota.

Corona: dono do corredor esquerdo. Bons cruzamentos para a área, onde Suk acabava por não conseguir dar seguimento. Na primeira parte com dois lances de muito perigo: um excelente remate, que acabou por sair ao lado, e um lance em que conseguiu colocar a bola à boca da baliza, mas depois viu Fábio Cardoso chegar para o corte in extremis. Saiu ao intervalo, ficando por saber qual o motivo.

Suk: Chamado para o onze para um encontro em que Aboubakar nem sequer foi convocado mostrou que ainda não está enquadrado com aquilo que o treinador pretende. José Peseiro chamou-o à atenção várias vezes, pedindo-lhe para recuar e tentar levar jogo para a frente, mas ganhar bolas não foi com ele. Já depois do golo do Paços apertou nos remates à baliza. Defendi negou-lhe um, mas a maioria foi ao lado.

Fábio Cardoso: Jogo de muito trabalho, com os avançados portistas sempre a tentarem furar. Na primeira parte roubou dos pés de Corona uma bola à boca da baliza, que o mexicano se preparava para rematar.

Edson Farias: Já foi muitas vezes chamado de arma secreta por entrar em jogo para marcar golos. Desta vez, entrou ao intervalo e saiu ainda antes do fim do jogo, mas voltou a ser importante porque deu mais pendor atacante aos castores e criou a jogada que culminou com o golo de Diogo Jota, ao aproveitar uma perda de bola de Layun.

Defendi: Depois de ter tido pouco trabalho durante quase todo o encontro, na segunda parte, fez três grandes defesas, que permitiram que a baliza continuasse inviolável. Negou o golo a Brahimi, Sérgio Oliveira e Suk.