O Nacional venceu em Paços, 2-3, agravando a noção de que o conjunto de Paulo Fonseca, que começou muitíssimo bem esta Liga, passa por fase de sombra, terminando a primeira volta bem abaixo dos lugares de topo que já habitou nesta Liga.
 
O Paços chegou a ter condições de se colocar em vantagem, em fases da primeira parte, mas o Nacional mostrou-se, quase sempre, equipa mais eficaz, disciplinada e matreira.

Com excelente capacidade de explorar o contra-ataque, o Nacional somou três pontos fundamentais, mas teve que sofrer até ao fim, depois daqueles dois golos do Paços após o 0-3.

Confira a FICHA DO JOGO e AO VIVO
 
Foi uma primeira parte equilibrada, mas de baixa intensidade.
 
O Nacional entrou melhor, chegando perto da baliza de Rafael Defendi em três ocasiões, nos primeiros dez minutos.
 
Mas o Paços, com o tempo, foi começando a pegar no jogo.
 
Ruben Pinto, em estreia absoluta e logo a titular, dava mostras de poder ser já o maestro do meio-campo. Urreta aparecia com perigo pela direita, dando muito trabalho a Aly Ghazal e Marçal.
 
A equipa de Paulo Fonseca parecia ter ultrapassada os solavancos iniciais e mandava no jogo. Bruno Moreira e Urreta estiveram muito perto do golo, mas não foram capazes de concretizar. Na baliza nacionalista, Gottardi dava conta do recado.
 
O Paços queria, mas não podia. Jogo muito lateralizado, pouco profundo. Sem intensidade e demasiado previsível.
 
Bem ao jeito das equipas de Manuel Machado, o Nacional foi-se mantendo disciplinado quando era hora de manter as posições, anulando os intentos ofensivos dos pacenses.
 
E, algo em contra-corrente, a equipa madeirense chegou mesmo à vantagem: defesa pacense às aranhas, Gomaa com belo centro, Lucas João a faturar de cabeça.
 
Luís Aurélio deu a estocada fatal
 
Paulo Fonseca tentou mudanças: tirou Vasco Rocha, ineficaz, colocou Cícero, para refrescar o ataque.
 
Mas nada de essencial melhorou na equipa da casa: bem pelo contrário. O Nacional continuava a aparecer, sorrateiro, à procura do 0-2. Que surgiu mesmo, por Luís Aurélio, em boa jogada de contra-ataque, concretizada com remate à entrada da área.
 
Ainda havia muito jogo a cumprir, mas simplesmente não se via um Paços com força anímica nem discernimento suficientes para dar a volta à situação.

Ai essa defesa...
 
Paulo Fonseca tentou mudanças: tirou Vasco Rocha, ineficaz, colocou Cícero, para refrescar o ataque.


O Nacional foi controlando a vantagem, ainda que, por vezes, abusando das paragens e das queixas.

Em mais um exemplo de eficácia cruel dos nacionalistas, a defesa do Paços voltou a ser apanhada em contrapé, no 0-3: Rondon conduz o contra-ataque, Marco Matias fatura.

Logo a seguir, Urreta ainda reduz, em bom remate cruzado, e Urreta, com tiraço, pôs o Paços a sonhar com o 3-3, nos descontos (que final emocionante!)

Mas o destino deste jogo estava traçado: o Nacional foi um justo vencedor.