A figura: Murillo

Se há jogador que merecia marcar o golo da vitória do Tondela nesta partida, era Murillo. Foi do pé direito do extremo venezuelano que saiu o cruzamento para o golo de Erick Moreno. Com tempo, o jogador emprestado pelo Benfica ao Tondela colocou com bola no coração da área, proporcionando ao companheiro um encontro com a felicidade do golo. Na segunda parte foi dos jogadores que mais procurou mexer com o jogo, mantendo sempre ligado em busca de algo mais para a sua equipa. E conseguiu, quando surgiu isolado perante Mário Felgueiras e conseguiu encontrar o caminho para a felicidade tondelense.

O momento: Murillo acreditou até ao último suspiro

O jogo estava prestes a terminar, e, tendo em conta as circunstâncias, o empate nem seria um mau resultado para o Tondela. Mas Murillo quis mais. Por isso, quando viu a bola tocada por Crislan ultrapassar a defesa pacense, foi buscar as poucas forças que ainda teria para chegar antes de toda a gente, e marcar o golo da primeira vitória do Tondela na Liga.

Negativo: picardias a mais e futebol a menos

Aquilo a que se assistiu na primeira parte foi mau. Sem futebol para mostrar, e com quezílias a mais para um jogo de bola. Fica a nota de rodapé sobre isso, que basta. Mas não devia existir. Era bom para todos.

Outros destaques:

Erick Moreno

Fez o primeiro golo do Tondela em casa, esta época, num lance em que parece ter sido muito feliz na forma como consegue fazer a bola sobrevoar Mário Felgueiras. Mas a felicidade também se procura, e o colombiano teve a sorte de a encontrar.

Barnes Osei

Dos poucos futebolistas que tentou mostrar alguma da sua arte no período em que o relvado do Estádio João Cardoso assistiu a algo era suposto ser um jogo de futebol, mas que o foi muito pouco. Dois remates com algum perigo foram o melhor que a sua equipa fez nesse período, e pertenceram-lhe ambos.

Kaká

Importante a forma como ganha a bola no lance em que o Tondela chega a vantagem. Nesse lance, o capitão tondelense mostrou o lado bom da atitude num relvado, entrando decidido ao lance e desequilibrando a equipa adversária, que tentava a transição ofensiva. No período de maior aperto do adversário, comandou a defesa que conseguiu resolver os problemas quase sempre.

Miguel Vieira

Marcou o golo do empate para o Paços Ferreira, subindo mais alto do que todos os adversários para bater Cláudio Ramos.