O Rio Ave despertou o Arouca do sonho da Europa.

Oito jogos depois, os arouquenses perderam (1-0) e deixaram o Famalicão e Vitória a sorrirem com a possibilidade de encurtar distâncias para o quinto lugar.

O jogo não foi bom. Longe disso. A primeira parte foi muito fraca não por falta de empenho, mas por falta de qualidade. Os passes errados e as receções defeituosas multiplicaram-se e perderam-se a conta ao número de quezílias entre jogadores.

Aos 43 minutos não havia UM remate à baliza para assinalar. O Arouca tentou sempre jogar a um ritmo baixo e aproveitar os erros contrários para sair em contra-ataque enquanto o Rio Ave raramente teve capacidade para desmontar a organização contrária.

No entanto, Amine, qual iluminado, decidiu fazer um passe delicioso entre Esgaio e Galavic. Hernâni fugiu ao lateral-direito adversário e foi travado em falta na área. O extremo assumiu a marcação do penálti, mas não teve arte nem engenho para bater De Arruabarrena – parou uma grande penalidade pela terceira jornada seguida.

A primeira parte terminou com os ânimos exaltados por toda a parte: no relvado, nos bancos e nas bancadas. O motivo? Uum lance entre Galovic e Boateng em que o croata se queixou de ter sido agredido pelo ganês.

A segunda parte mostrou um Rio Ave diferente e capaz de criar ocasiões para marcar de bola corrida. A mais clamorosa pertenceu a Guga depois de uma assistência de cabeça de Hernâni. Já antes, Costinha tinha ameaçado o 1-0 num golpe de cabeça.

Se alguém merecia o golo, era o Rio Ave. Foi quem o procurou durante mais tempo. Com o jogo amarrado, Luís Freire lançou Ukra e Paulo Vítor aos 62 minutos e só precisou de esperar sete minutos para celebrar. Com um pontapé à entrada da área, o brasileiro abriu o marcador.

Em desvantagem, o Arouca lançou-se com tudo na busca do empate. Evangelista deu armas à equipa através do banco com as entradas de Michel, Lawal, Bruno Marques e Arsénio, mas foi demasiado tarde. Embora não tenha havido tempo para chegar ao empate, houve sim para uma enorme altercação entre jogadores e elementos dos dois bancos que resultaram na expulsão de Pantalon e de elementos do staff de Rio Ave e Arouca.

O jogo teve um fim à imagem do que foi: feio. Não vai deixar saudades a quem o seguiu.