Um golo de bicicleta e outro de cabeça deixou tudo empatado no frente a frente entre Rio Ave e Vizela. Num jogo aborrecido e com poucos motivos de interesse, as duas equipas estiveram quase sempre mais preocupadas em não falhar do que em arriscar.

Depois de uma primeira parte com poucos motivos de interesse, o desafio animou com o grande golo do francês Essende. Os da casa uniram esforços e acabaram por chegar à igualdade, num golpe de cabeça de Boateng. Os vizelenses acabaram a jogar com dez, por expulsão de Lacava, valendo Buntic para segurar um ponto precioso.

Primeira parte sem motivos de interesse

Luís Freire repetiu o onze que garantiu um ponto em Arouca (2-2). Já Pablo Villar fez três alterações na equipa que perdeu com o SC Braga. Bruno Wilson regressou ao eixo da defesa, Matías Lacava ao lado esquerdo do ataque e Méndez rendeu o lesionado Nuno Moreira. Lebedenko e Matheus Pereira foram os restantes sacrificados.

A primeira parte foi aborrecida. As duas equipas mostravam-se mais preocupadas em não errar do que arriscar para tentar ganhar. Os locais tiveram mais iniciativa de jogo, mas nunca tiveram pressa para chegar à frente. Ora atrai à esquerda para sair pela direita, ora atrais à direita para sair à esquerda. Os minhotos apostavam quase sempre no contra-ataque, aproveitando quase sempre a velocidade de Lacava.

As ocasiões de perigo foram escassas e podem contar-se pelos dedos de uma mão. Méndez tentou o remate cruzado, mas Jhonatan mostrou estar atento. Do outro lado, Amine rematou de longe rente ao poste e Boateng, na melhor oportunidade, chutou torto quando estava em boa posição. De resto, sobraram maus passes, assobios e um cartão amarelo para cada lado. O nulo ao intervalo castigava a pouca ambição das equipas.

Golos animaram

Na segunda metade a toada de jogo manteve-se, com as duas equipas a continuarem muito cautelosas e a jogar longe das balizas. O marasmo a que o desafio foi votado foi interrompido com um dos melhores golos da época. Bruno Wilson viu a desmarcação de Tomás Silva na direita, endossou-lhe o esférico, este cruzou e, no coração da área, Essende com um pontapé de bicicleta a abrir o ativo! Mas que golo!

Luís Freire reagiu de imediato e fez três alterações de uma assentada e, pouco depois, mais uma. Pablo Villar respondeu e também refrescou a equipa. Mas acabaram de ser jogadores que iniciaram a partida a fabricar o tento da igualdade. Cruzamento desde a direita de Costinha e Boateng a aparecer na área a cabecear para o golo. Voltava tudo ao início, mas as coisas complicavam-se para o Vizela, já que, dois minutos depois, Matías Lacava via o segundo amarelo e era expulso.

Abria-se uma janela de oportunidade para o Rio Ave, jogando o último quarto de hora com mais um.  Os vilacondenses foram para cima do adversário e encostaram os vizelenses às cordas. Aí, apareceu Buntic a brilhar e a impedir dois golos feitos a Leonado Ruiz. Primeiro, parou em esforço um remate prensado do colombiano; depois, após cabeçada, o guarda-redes fez uma defesa do outro mundo e impediu a vitória rioavista. A divisão de pontos acaba por ser justa.