O Benfica regressou aos triunfos em Moreira de Cónegos, pondo fim a uma série que já ia em três empates consecutivos. Os encarnados isolaram-se novamente no terceiro lugar com a vitória diante do Moreirense (0-2), tendo Jonas como principal figura do encontro. Exibição começou por prometer, mas acabou por ficar-se apenas pelo suficiente para garantir os três pontos.

Pizzi abriu o ativo ao corresponder a um passe magistral de Jonas e foi o próprio brasileiro a arrumar com a questão numa fase em que o jogo estava feio, dividido por muitos erros no passe e em que de forma tímida o Moreirense acreditava que podia chegar ao empate.

Jonas lá arrumou com a questão selando um triunfo justo no fecho da primeira volta da Liga, única competição que resta aos encarnados.

Rui Vitória fez apenas uma alteração no onze comparativamente com o empate na receção ao Sporting. Fejsa viu o quinto amarelo e foi baixa, Samaris ocupou o seu lugar, sendo que a alteração forçada foi a única operada pelo técnico encarnado. Sérgio Vieira, por sua vez, apresentou exatamente o mesmo onze que venceu na Vila das Aves.

Espaço aéreo desbloqueia congestionamento à flor da relva

O Benfica apresentou-se em Moreira de Cónegos dando a provar ao Moreirense do seu próprio veneno. A equipa axadrezada costuma ser exímia a encurtar espaços e a jogar com as dimensões do seu terreno para limitar quem, por norma, assume as despesas do jogo de forma vincada.

A equipa de Rui Vitória pressionou alto e obrigou o conjunto da casa a cometer vários erros e a ter dificuldades na transição. Início tremido do Moreirense, por força da entrada forte do Benfica, a permitir aos encarnados o cerco à sua baliza. André Micael ainda teve um cabeceamento perigoso, na sequência de um lançamento, mas o domínio do Benfica foi inequívoco.

Pizzi abriu o ativo, de forma natural e esperada, aos 23 minutos com um golo em que fez exatamente aquilo que se lhe pedia. Cervi desequilibrou na esquerda, aliás os rasgos do argentino foram uma constante, deu depois para Jonas que no interior da área chamou a si as atenções. O brasileiro procurou depois pelo ar o espaço que faltava à flor da relva para servir Pizzi com um passe picado. O médio do Benfica rematou de primeira, remate forte à queima-roupa, batendo Jhonatan.

Golo a culminar o assédio das águias no início, confirmando a superioridade. Jonas já tinha tentado, e Krovinovic tinha ficado a centímetros. Mesmo tirando o pé do acelerador na fase final da primeira metade o Benfica esteve por cima, até porque o Moreirense demonstrava dificuldades na construção de jogo.

Jonas arruma com a questão

A vantagem mínima ao intervalo justificava-se plenamente, ainda que fosse um resultado perigoso. A segunda metade confirmou isso mesmo. Jonas deixou de imediato o aviso a tentar o chapéu a Jhonatan que obrigou o guardião a resolver de forma apertada.

Mas o Moreirense também respondeu, e numa transição Arsénio não empatou quase por milagre. Cabeceamento à queima-roupa, de cima para baixo como mandam as regras, Bruno Varela fez a defesa da tarde. Fase intranquila de parte a parte, a valia técnica do Benfica continuava a prevalecer, o resultado obrigava o Moreirense a fazer mais.

Perderam-se muitas bolas com demasiada facilidade, o jogo estava pouco agradável e indefinido. Depois de perder oportunidades flagrantes, com ofertas generosas da equipa da casa, Jonas arrumou com a questão. Hichem perdeu a bola para João Carvalho, que serviu de imediato o brasileiro. Rapidamente se desembaraçou de quem lhe saiu ao caminho e rematou e pé esquerdo para o fundo das redes.

O Benfica só sabe ser feliz em Moreira de Cónegos, somava sete triunfos em sete jogos a contar para o campeonato na vila vimaranense, confirmou essa tendência e travou a série de jogos sem vencer, reposicionando-se no terceiro lugar sem companhia precisamente antes de se deslocar a Braga no início da segunda volta para medir forças com a sua principal ameaça ao terceiro lugar.