FC Porto-Schalke, 0-0: um olhar sobre os novos dragões

SCHALKE 04-FC PORTO, 0-0 (CRÓNICA)

Iker Casillas: intervenção brilhante logo aos cinco minutos, após remate de primeira de Huntelaar. Uma saída a soco e um susto em cima do intervalo, depois de um cruzamento-remate traiçoeiro. Tranquilo a jogar com os pés e a repor a bola em jogo.  

Lichnovsky: superou bem um erro grave, com um passe errado em zona proibida, e acabou por sobreviver às ações de Huntelaar e Di Santo. Ivan Marcano dobrou-o sempre bem e minimizou os danos que algumas precipitações poderiam causar.

Sérgio Oliveira: bem no passe e a segurar a bola, mas obrigado a jogar muito recuado e longe das zonas onde gosta de aplicar o seu excelente pontapé.

Varela: nível inferior ao dos jogos anteriores. Cruzou quase sempre mal, sem precisão, mesmo depois de ganhar tempo e espaço para executar bem. Pareceu cansado e raramente combinou com Ricardo Pereira da melhor forma.

A FICHA DE JOGO DO SCHALKE 04-FC PORTO

Maxi Pereira: mais 45 minutos nas pernas, já com algumas subidas pelo corredor e cruzamentos, mas ainda visivelmente limitado do ponto de vista físico.

Danilo Pereira: 30 minutos no meio-campo, ao lado de André André. Um bom corte no lado direito da zona defensiva e uma arrancada de 50 metros, sempre com a bola bem controlada. Está a crescer.

André André: confiante, rematador, uma formiguinha competitiva. Não consegue estar parado, adora recuperar e entregar a bola. 45 minutos num nível muito interessante, a reclamar ainda mais tempo e oportunidades. Bem colocado na luta pela titularidade.

Alberto Bueno: pouco mais de 25 minutos de jogo, na posição-10, entre os dois médios e o ponta-de-lança. Todo o estilo de jogo confirma que é muito mais avançado do que centrocampista. Joga de cabeça levantada, gosta de aparecer na área e até podia ter marcado aos 68 minutos. Nastasic não deixou. Tem qualidade, entrega bem a bola; falta-lhe intensidade e poder de decisão nas zonas fulcrais.  

André Silva: tanto talento no corpo deste menino. 18 minutos a procurar a bola, a pedir atenção e confiança. Está a fazer tudo o que pode para ser uma opção séria.