Alex Sandro. Foi uma noite sempre à espera de que algo grave acontecesse. O golo do Sporting foi pelo lado dele. De resto cortes desajustados, incapacidade de atacar. Não está fantástico, não.
Ligo Alex Sandro a
Sarr. Também com o central do Sporting houve sempre essa sensação de que podia quebrar por ali. Quebrou. O autogolo não é apenas um incidente. Há ali deficiente capacidade técnica. Mas o que mais impressionou em Sarr foram as imagens depois do autogolo. O jovem defesa parecia à beira do colapso. Lembro-me de que houve uma paragem pouco depois e de pensar
teve sorte, vai ajudá-lo a a recuperar. Acho que Sarr tem coisas muito boas (reparem na influência que já exerge nas bolas paradas defensivas), outras que prometem (se conseguir impor a altura no ataque...), mas por enquanto os defeitos são ainda maiores do que as virtudes. É sem dúvida um jogador que vale a pena trabalhar, que pode crescer muito. Resta saber se Marco Silva conseguirá fazê-lo mantendo Sarr como titular ou se optará por o poupar, trabalhando-o para mais tarde o trazer de volta, mais forte. Seja como for, Sarr merece respeito.
Por falar nisso,
William também merece tempo. Mas a verdade é que ele passa e o médio do Sporting nunca mais nos devolve o que nos ofereceu na época passada e entretanto passou para recolher. Este não é William que admiramos. No clássico ficou uma vez mais distante.
Outras coisas de que não gostei. A entrada maldosa de
Quaresma (mais uma oportunidade desperdiçada...) sobre
Nani. A atitude de
Slimani, em muitos momentos complicativo e sempre disponível para reclarmar com o árbitro. Tenho saudades do argelino humilde e dedicado que entrava e fazia a diferença. Duas ou três opções deficientes de
Fabiano.
Por fim, dois aspetos coletivos: a incapacidade do FC Porto para sair a jogar na primeira parte, período em que lhe faltou um médio que assumisse a bola, e o deficiente controlo do jogo Sporting depois do intervalo, creio que essencialmente por questões de equilíbrio emocional.
