A FIGURA: Jonas, o decisivo do costume

O brasileiro segue imparável e nesta segunda-feira voltou a ser decisivo em mais uma vitória do Benfica. Mais dois golos para a conta pessoal, que elevam o pistoleiro da Luz à condição de Bota de Ouro da Europa, com 26 golos em 24 jornadas. Notável!

 

O MOMENTO: golo de Jonas, 5 minutos

Os encarnados estiveram longe de realizar uma exibição de encher o olho, talvez por culpa da ausência de Renato Sanches, que foi poupado por Rui Vitória a pensar no dérbi, e que obrigou a mudar alguns mecanismos da equipa. Ainda assim, cumpriram perante um União muito fechado mas sempre apto para surpreender no contra-ataque. O golo madrugador de Jonas deu tranquilidade e permitiu que o Benfica gerisse o jogo de forma mais tranquila.

 

OUTROS DESTAQUES

Pizzi: foi de longe o melhor dos encarnados nos primeiros 45 minutos, período no qual fez pelo menos quatro remates, três deles muito perigosos. Com Talisca muito colado a Samaris para pegar no jogo (ou perdido) na primeira fase de construção, o transmontano criou muitos desequilíbrios a partir do centro do terreno. Autêntico playmaker, esteve em praticamente todas as jogadas dignas de registo da equipa de Rui Vitória na primeira parte. Marcou o livre que esteve na origem do 1-0, serviu Mitroglou (que desperdiçou o segundo) e podia ter marcado aos 26 minutos depois de tirar um adversário do caminho. Já perto do intervalo entendeu-se bem com Gaitán, surgindo nas costas da defesa para cabecear ligeiramente ao lado do poste esquerdo. Esteve menos influente na segunda parte mas manteve-se em bom plano.

Mitroglou: ao oitavo jogo para a Liga o grego ficou em branco. Esteve perdulário no capítulo da finalização, falhando algumas oportunidades claras. Ainda assim tem faro pelo golo, surgindo quase sempre no sítio certo quando se trata de ocupar o sítio certo na grande área. O segundo golo do Benfica também é um pouco dele.

Grimaldo: depois de ter atuado 28 minutos na goleada do Benfica por 6-1 ao Moreirense para a Taça da Liga, o lateral ex-Barcelona estreou-se pelas águias no campeonato e logo no Estádio da Luz. Sentiu algumas dificuldades iniciais no duelo com Danilo Dias e, por opção ou por indicação do treinador, não se envolveu muito nas ações ofensivas, privilegiando a segurança defensiva. Foi-se libertando da timidez aos poucos e esteve mais atrevido no segundo tempo.

Nélson Semedo: ainda está longe dos índices que exibia quando se lesionou com gravidade em outubro. Sentiu algumas dificuldades com Amilton mas envolveu-se bem na manobra ofensiva. Não há lateral no Benfica que o faça tão bem como ele.

Amilton: começou o jogo na direita mas depressa trocou com Danilo Dias. Foi um dos melhores da equipa de Norton de Matos. Muita velocidade e boa visão de jogo. Saiu dos pés dele um dos lances mais perigosos da equipa insular em todo o jogo, quando isolou Toni Silva na cara de Júlio César.

Raul Gudiño: o guarda-redes cedido pelo FC Porto é um dos melhores no FIFA 16 na sua posição. Tem 19 anos, é cedo para saber o que será daqui a uns anos, mas esta segunda-feira esteve ao nível do mexicano virtual. Enorme na baliza do União, travou pelo menos três remates com selo de golo (dois a Mitroglou e um a Pizzi) só na primeira parte. Voltou a tirar outro golo a Mitroglou na segunda parte e estava no caminho da bola no lance do segundo golo dos encarnados mas Jonas enganou-o com um desvio subtil. Já escrevemos que tem 19 anos?