Declarações do treinador do Desportivo de Chaves, Vítor Campelos, na sala de imprensa do Estádio do FC Vizela, após o empate ante o Vizela (0-0), em jogo da 20.ª jornada da I Liga:

«Foi um empate com sabor a empate. Acho que foi um jogo equilibrado. Já é a terceira vez que defrontamos o Vizela esta época e as equipas equivalem-se muito. Até na forma de jogar, temos várias coisas parecidas. Sabíamos que íamos defrontar uma equipa que, nos últimos três jogos em casa, tinha três vitórias. Tínhamos de entrar fortes, marcar uma posição desde início e creio que fizemos isso. Acho que na primeira parte, estivemos mais por cima, tivemos várias situações em que nos podíamos ter adiantado no marcador. É certo que, num canto a nosso favor e numa transição em que podíamos ter abordado melhor o lance, o jogador do Vizela acabou por isolar-se e o Paulo fez uma ótima defesa, mas creio que na primeira parte deu mais Chaves e também tivemos várias oportunidades em que o guarda-redes do Vizela esteve bem.»

«Na segunda parte, creio que o jogo começou com uma toada equilibrada. Depois, o Vizela tomou mais conta do jogo. Sabíamos que teríamos de estar sempre muito organizados. Não posso escamotear que tínhamos dez baixas, oito lesionados e dois castigados. Queríamos, a dada altura, ter feito algumas substituições que não conseguimos porque não tínhamos nenhum médio. Tivemos de, entre aspas, obrigar o João Pedro a um desgaste adicional. Foi a primeira vez que jogou desde início e que fez 90 minutos esta época depois de estar sem jogar desde junho. Tivemos de fazer outros reajustes, pôr o Sandro [Cruz] a ala, porque também não tínhamos nenhum ala. Uma palavra para os nossos jogadores, foram realmente valentes transmontanos. Deixam tudo dentro de campo.»

[No meio de tantas ausências, se tem encontrado aspetos positivos no que os jogadores podem dar à equipa]: «Há uma coisa que é importante e os jogadores sabem: desde o nosso primeiro dia de treino, trabalhamos a nossa forma de jogar e cada um deles, neste momento, sabe o que tem de fazer. Já com o decorrer da época, nos primeiros meses de trabalho, temos a consciência que o nosso central, por exemplo, sabe o que o lateral tem de fazer ou o nosso avançado sabe o que os médios têm de fazer. Por isso, qualquer um deles sabe o que tem de fazer em função da bola e em função dos colegas. Isso deixa-nos confortáveis, porque a nossa forma de trabalhar está bem explícita e cada um deles pode, em certos momentos da época, fazer outra posição, porque com toda a certeza sabe o que tem de fazer e vai dar conta do recado. Uma palavra para os jogadores, pela disponibilidade que têm tido. Mais importante do que tudo é a atitude e a determinação.»

[Se o resultado deixa a equipa confortável]: «Nós temos de ter sempre os pés assentes na terra e enquanto não tenhamos os pontos que nos garantam a consolidação do Chaves na I Liga ainda temos muito que trabalhar. Temos de dar o nosso máximo como sempre. É certo que ter 26 pontos dá-nos alguma estabilidade, mas temos de estar sempre em alerta. O futebol, de um dia para o outro, muda e temos de manter esta determinação, compromisso e será muito importante mesmo o apoio dos nossos adeptos pedir o apoio já no próximo jogo.»