Figura: Douglas

A última muralha do castelo minhoto. Fez um punhado de boas intervenções que foram deixando os portistas com as mãos nos cabelos. Travou, por exemplo, os pontapés de Herrera e de Felipe. Sem hipóteses nos golos encaixados, Douglas voltou a agigantar-se, sobretudo na reta final do encontro. Notáveis defesas a pontapés de Marega e Óliver. Enfim, segurou os três pontos e ganhou em definitivo a titularidade.

Momento: Davidson reergue o forte e deixa o Dragão subjugado

2-0. 1-2, 2-2, 2-3. Reviravolta épica construída em menos de meia hora. O Vitória renasceu das cinzas – qual fénix – e conquistou a primeira vitória na Liga, fruto de um remate colocado de Davidson. Apatia total da defesa do FC Porto na abordagem a um lançamento de linha lateral. Welthon teve tempo e espaço para receber, rodar e passar para o remate certeiro do brasileiro. Davidson não podia desejar melhor estreia a marcar pelo clube de Guimarães.

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Outros destaques:

André Pereira: ao quarto jogo estreou-se a marcar com a camisola azul e branca. É verdade que beneficiou de posição irregular, mas também é inegável a qualidade do gesto técnico. Durante cerca de meia hora esteve preso na teia montada pelo Vitória. Contudo, ao minuto 37 libertou-se para assistir Brahimi para o 1-0 e, mais tarde, já em cima do intervalo, ofereceu ao Dragão uma almofada de conforto que mais tarde viria a ser esbanjada. Porventura, a melhor exibição da época no dia em que Marega regressou às opções de Sérgio Conceição.

André André: fez-se notar pelo posicionamento inteligente e pela qualidade de passe. Melhorou com o decorrer dos minutos e cumpriu o papel de ligar o jogo do Vitória. Apontou ainda o golo que deu início à recuperação dos minhotos, na transformação irrepreensível de uma grande penalidade. Festejou de forma pouco efusiva, por respeito ao anterior clube. Viveu um regresso feliz à casa-mãe.

Sérgio Oliveira: o pior elemento do FC Porto. Desconcentrado, errático, enfim. Se a noite não lhe estava a correr de feição, tornou-se horrível à passagem da hora de jogo, quando cometeu grande penalidade. Terá de fazer mais e melhor. Não tarda terá a concorrência de Danilo.

Tozé: um bom ano no vizinho Moreirense, valeu-lhe um regresso ao D. Afonso Henriques. Ainda está à procura do seu espaço no onze inicial e esta noite fez por tê-lo. A infelicidade de Joseph foi a felicidade de Tozé e da restante equipa vimaranense. O médio aproveitou um cruzamento atrasado de Florent para fazer o 2-2. Tal como André André, viveu uma noite feliz no retorno à casa onde se formou.    

Brahimi: mago, abre-latas, fantasista… qualquer adjetivo assenta bem ao argelino. Oferece rasgo e magia ao jogo do FC Porto. É sinónimo de inspiração. O golaço que apontou é exemplo de tudo o que foi referido. Queixas físicas retiraram-no do jogo à passagem do minuto 50. A forma como o FC Porto se ressentiu é prova da influência e qualidade do magrebino.