Tanto Vitória de Setúbal como Nacional entraram em campo a precisar de apenas, com apenas uma vitória e um empate em cinco jornadas, mas se a equipa da casa fez pela vida, com uma primeira parte bem agradável, a formação visitante confirmou que está absolutamente irreconhecível relativamente às últimas épocas.

A prova disso mesmo é que o Nacional chegou ao final do jogo sem um único remate à baliza. Uma prestação muito fraca para os objetivos da equipa madeirense, e que é um sinal preocupante. O triunfo do Vitória acaba, assim, por ser indiscutível.

E o primeiro sinal de perigo do jogo até foi do Nacional, com um cabeceamento ao lado de Marco Matias, após cruzamento de Suk, mas depois a equipa madeirense mostrou-se muito frágil na luta a meio-campo e a defesa, por consequência, acabou por tremer em demasia.

O Vitória respondeu logo no minuto seguinte, e embora o remate de Paulo Tavares tenha saído muito torto, foi o início de um período muito bom da equipa da casa. Aos treze minutos o Vitória ficou a pedir grande penalidade sobre Zequinha, mas Artur Soares Dias, que teve um jogo exigente em mãos, entendeu que a falta de Marçal foi fora da área.

Novamente titular na baliza nacionalista, Rui Silva brilhou para negar o golo a Paulo Tavares (17m), mas no minuto seguinte o Vitória chegou mesmo à vantagem, na sequência de um lançamento longo de Pedro Queirós, para a área. Zequinha rematou contra Miguel Rodrigues e ficou a pedir penálti enquanto Lupeta inaugurava o marcador com os jogadores do Nacional de braço no ar, a pedir fora de jogo. Soares Dias não marcou nem uma coisa nem outra, limitando-se a apontar para o meio-campo.

Quatro minutos depois a equipa da casa aumentou a vantagem, com uma bela combinação ofensiva. A visão de Dani, a trivela de Zequinha e o calcanhar de Lupeta fabricaram o remate de Paulo Tavares, que desviou em Miguel Rodrigues e foi ao poste, para Miguel Pedro marcar na recarga.

Nacional procura-se

Manuel Machado decidiu logo trocar Zainadine por Wyllian, mas ainda que o Nacional tenha conseguido subir no terreno foi praticamente inofensivo. Com exceção feita a uma bela arrancada de Rondón pelo centro, concluída com um remate ao lado.

O técnico do Nacional voltou a mexer na equipa ao intervalo, com a entrada de Aly Fathy para o lugar de Marco Matias, e aos 53 minutos de jogo já tinha esgotado as substituições (Lucas João rendeu Marçal), mas o Nacional pouco ou nada melhorou.

A equipa madeirense passou quase toda a segunda parte no meio-campo do Vitória, colocando muitas unidades na frente, mas na realidade nunca esteve propriamente perto do golo, quanto mais da discussão do triunfo.

Ao Vitória faltou alguma tranquilidade para gerir a posse de bola e depois explorar o contra-ataque, algo que nunca conseguiu, mas em termos defensivos conseguiu manter sempre o jogo controlado.