O carro azul não forçou muito o andamento no Bonfim, mas ainda assim garantiu uma vitória inquestionável no reduto em  Setúbal (0-2), e continua na corrida pelo título, embora conservando a distância que já tinha, e com menos uma volta por cumprir.
 
A superioridade dos «dragões» foi evidente, frente a um Vitória demasiado cauteloso, e que raramente incomodou. O FC Porto só confirmou o triunfo ao cair do pano, com Jackson a dar sequência ao tento inaugural de Brahimi, mas nunca ficou realmente a sensação de que tal estivesse em causa.
 
Onze jogos depois o FC Porto volta a festejar um triunfo a sul de Coimbra, e novamente em Setúbal, onde continua a dar-se bem. O Vitória continua embrulhado na luta pela permanência, embora a depender apenas de si.
 
Sentido único, mesmo sem carregar muito
 
Com Herrera e Quaresma recuperados para a titularidade, em detrimento de Rúben Neves e Evandro, Julen Lopetegui colmatou desta vez a ausência do castigado Danilo com a inclusão de Ricardo Pereira. O internacional sub-21 português mostrou serviço logo ao minuto 15, com o cruzamento para o golo de Brahimi.
 
O FC Porto marcava no primeiro remate do jogo, e também na primeira vez em que conseguiu envolver os laterais no jogo ofensivo, depois de alguma insistência em passes longos na fase inicial do encontro.
 
O Vitória reagiu de imediato, com um remate de Suk, mas foi a única ocasião em que a equipa sadina criou perigo, na primeira parte. A formação orientada por Bruno Ribeiro renunciou desde logo à posse de bola, com dez jogadores atrás da linha de bola e Suk completamente só na frente.
 
O FC Porto aproveitou para instalar-se no meio-campo contrário, e mesmo sem acelerar muito foi criando algumas situações para aumentar a vantagem. Ainda que só tenha incomodado Raeder mais uma vez, com uma trivela de Quaresma que o guarda-redes alemão desviou por cima da barra.
 
Perto do descanso surgiram dois lances polémicos, primeiro com Brahimi a cair dentro da área após disputa com Dani (fica a dúvida se é dentro ou fora da área), e depois Alex Sandro a tocar a bola com o braço na área (o brasileiro tem o braço encostado ao tronco, mas não faz nada para evitar o contacto na bola, até faz o movimento para o corte).
 
Esperança sadina, mas apenas de bola parada
 
O FC Porto chegou ao intervalo apenas com mais um remate à baliza do que o adversário (2-1), mas o valor total era elucidativo da superioridade visitante (15-1), assim como a percentagem de posse de bola (75-25).
 
Ainda assim, sem forçar o andamento, o FC Porto deixou o jogo em aberto para a segunda parte. E ainda que o Vitória tenha sido uma equipa sempre demasiado defensiva, a verdade é que através de alguns lances de bola parada foi criando alguns calafrios ao adversário. Ao minuto 78 teve mesmo de ser Helton a evitar o empate, após cabeceamento de Suk na área.
 
Logo a seguir foi o FC Porto a reclamar mão na grande área, mas Marco Ferreira nada assinalou, uma vez mais.
 
Só ao minuto 90 é que Julen Lopetegui respirou de alívio, festejando com um soco no ar, como que a afastar a pressão do encontro. Um grande passe de Herrera descobriu Jackson na área, e o colombiano apontou o segundo golo portista, recuperando a liderança isolada da lista de melhores marcadores.