Abel Xavier marcou o primeiro golo do Liverpool, esta terça-feira, em Leverkusen, que colocava, na altura, os britânicos nas meias-finais da Liga dos Campeões. No entanto, o Bayer voltou a marcar e acabou por vencer por 4-2. Antes, o clube de Anfield chegou a ter novamente a eliminatória na mão, com o golo de Litmanen. A desilusão, no final, prolongou-se até ao dia de hoje. O português deu a voz a esse sentimento, em conversa com o Maisfutebol.

«Estamos desiludidos. Tínhamos, por duas vezes, assegurado a passagem às meias-finais, quando o resultado esteve em 2-1 e 3-2 para o Bayer. Infelizmente, nos últimos minutos, o sucesso fugiu-nos. Tivemos algumas ocasiões flagrantes para marcar o 2-1 e acabar com a eliminatória, mas não foi possível. Apesar da derrota, sempre se aprende alguma coisa, como a experiência para, no futuro, nos adaptarmos melhor a uma situação de vantagem», afirmou.

O defesa não esconde que a final, apesar de ainda faltar mais uma eliminatória, estava no pensamento de todos os jogadores: «Estivemos muito perto de chegar à final, porque nas meias encontraríamos o Manchester United, que é uma equipa que nos teme. Já os vencemos duas vezes esta época. E, apesar de não haver jogos iguais, tínhamos muitas hipóteses de chegar ao jogo decisivo. Mas o nível das equipas, nesta fase, é muito alto. O Bayer não tem grandes nomes, mas é muito boa equipa e atingiu um marco histórico ao chegar às meias-finais. O meu sonho era defrontar o Real Madrid na final, mas, assim, que seja o Figo a vencer a prova.»

Recordações de um golo inesquecível

Oito anos depois, Abel Xavier voltou a marcar no BayArena. Nesse jogo, o Benfica arrancou um espantoso empate 4-4 que lhe garantiu a passagem às meias-finais da Taça das Taças. Depois dessa época, 1993-94, nunca mais os «encarnados» chegaram tão longe nas competições europeias.

Os alemães estavam a vencer por 2-0, quando apareceu Abel Xavier. Um enorme remate, no minuto imediato ao golos dos alemães, devolveu a equipa ao jogo. Logo a seguir, no seguimento de um canto, João Pinto igualou e Kulkov deu vantagem aos portugueses aos 78 minutos.

«Voltei a marcar num campo que conheço bem. Não chegou. Mas foram jogos diferentes e situações diferentes. Antes do jogo começar pensei no golo bonito que marquei ao serviço do Benfica. Quando entrei no estádio tive essa recordação. Mas assim que o jogo começou tive de preparar-me para outro tipo de situações», comentou.

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