Mário Santos, chefe da Missão portuguesa nos Jogos Olímpicos, acredita que num «momento de inspiração» de um atleta nacional, Portugal ainda pode chegar às medalhas, elegendo elegeu Clarisse Cruz, que se apurou nos 3.000 metros obstáculos, como um exemplo.

«Acredito que isso é possível porque ainda vamos ter muitos atletas a entrar em competição, e alguns deles já em competição, que têm demonstrado que têm valor e têm nível para isso», afirmou numa conferência de imprensa sobre o balanço da primeira semana de provas.

Mário Santos não esconde que, nesta altura, «contava ter alguma medalha», mas que nenhuma era garantida. «Obviamente que, no caso objetivo da Telma Monteiro, uma atleta que tinha o ranking que ela tinha, tínhamos essa esperança», reconheceu.

Ainda assim, manifestou confiança que tal é possível, referindo as prestações de alguns atletas que estiveram perto disso, como o atirador João Costa, a equipa de ténis de mesa (João Monteiro, Tiago Apolónia e Marcos Freitas) e os remadores Pedro Fraga e Nuno Mendes.

«É preciso um momento de inspiração, eu não lhe chamo sorte», insistiu, considerando que perder a esperança «é o primeiro passo para não conseguirmos lá chegar».



Também em jeito de balanço dos primeiros sete dias destes Jogos Olímpicos, Mário Santos elegeu Clarisse Cruz, cuja queda na prova dos 3.000 metros obstáculos no sábado não impediu que se levantasse e completasse a prova em menos 10 segundos que o recorde pessoal anterior, além de garantir a passagem à final.

Tudo isto, saudou Mário Santos, «numa atitude e numa forma de estar em competição nuns Jogos Olímpicos que a todos orgulha e faz crer que é possível», rejeitando «baixar os braços».