*por Diogo Pereira

O Vitória de Setúbal deslocou-se aos Barreiros com uma postura atacante nos minutos iniciais, optando por lançar os contra ataques pelas suas alas, em especial a esquerda, na qual se encontrava Pedro Tiba.

Contudo, os verde-rubros foram ganhando confiança e a partir dos 15 minutos conquistaram o meio campo. No entanto, isso não se traduziu em domínio de jogo. A insistência de jogar pelas alas penalizou um pouco os pupilos de Pedro Martins, porque a dada altura os laterais do Vitória, Marcos Acosta e Pedro Queirós, perceberam como tinham de parar os adversários. Ainda assim, o paraguaio sentiu mais dificuldade para travar o melhor jogador da formação maritimista, na primeira parte, Danilo Dias.


O V. Setúbal bem pode agradecer ao guardião polaco, Kieszek, por manter as redes invioláveis na primeira metade do encontro.

Já a segunda parte foi completamente o oposto do que se viu nos primeiros 45 minutos. A formação da casa entrou mais determinada em marcar e logo nos segundos iniciais, o Marítimo voltou a pôr à prova a atenção de Kieszek, mas novamente, este último estava bem atento.

O V. Setúbal deixou os verde-rubros praticarem o seu jogo, sem nunca pressionar o meio campo, o que permitiu que o moral dos insulares subisse. Tal injeção de confiança acabou por dar os seus dividendos. 

Uma rápida jogada pela ala direita do Marítimo, com Danilo Dias a conduzir a bola com mestria e a passar pelo seu adversário: o brasileiro cruzou para a cabeça de Derley, e este cabeceou e Kieszek faz nova defesa por instinto. Mas a bola sobrou para Nuno Rocha que sem oposição rematou para o fundo das redes, inaugurando assim o marcador, aos 67 minutos.

Os vários adeptos que se deslocaram ao Caldeirão dos Barreiros cantaram o tradicional Bailinho da Madeira em sinal de alegria.

José Couceiro não quis virar as costas ao resultado e aos 76 minutos tirou o médio João Mário e meteu o avançado Zequinha. A atitude dos visitantes mudou. O Vitória passou a ser uma equipa mais determinada, mais pressionante e muito mais perigosa. 

No entanto, a defesa maritimista foi sempre capaz de parar as ofensivas sadinas, mesmo que tenha passado por alguns calafrios.

O Marítimo falhava muitos passes a meio campo, o que originava a revolta nas bancadas, mas a falta de inspiração dos atacantes do Vitória ajudou a que o resultado não se alterasse.