O diretor da Astana, Alexandre Vinokurov, decidiu suspender a atividade da equipa de ciclismo cazaque depois de ter sido detetado um terceiro caso de doping, o quinto se forem incluídos os dois da formação do World Tour.
 
«Foi suspensa por tempo indeterminado a equipa continental. Os jovens corredores são loucos, se ainda não perceberam que este já não é o ciclismo do doping. Mas isto pode ser também um sinal, uma campainha nas orelhas da nossa federação. Como já dissemos várias vezes, a federação cazaque deve fazer mais controlos e mais rigorosos», disse Vinokourov, citado pelo jornal italiano Gazzetta dello Sport.
 
O antigo corredor cazaque tomou a decisão um dia após ter sido conhecida a análise positiva de Artur Fedossoyev, de 20 anos, a quinta da Astana em três meses. Depois dos irmãos Maxim e Valentin Iglinskiy, da equipa principal, cujos controlos acusaram a presença de eritropoietina (EPO), seguiram-se três caso na equipa B: Ilya Davidenok, Victor Okishev e Artur Fedossoyev, todos por esteroides anabolisantes androgénicos.
 
Vinokourov esforçou-se por desvincular a equipa continental do conjunto do World Tour: «As pessoas têm de perceber que aquela é uma outra realidade, que nada tem que ver com esta. De igual apenas temos a camisola e o nome», afirmou.
 
Embora ainda decorra uma investigação da Comissão de Licenças da União Ciclista Internacional (UCI) a propósito destes casos, Vinokourov não teme a perda da licença, o que impediria a equipa do italiano Vincenzo Nibali, vencedor da Volta a França de 2014, de competir em 2015.
 
«Não há qualquer problema. Já demos todas as explicações que nos pediram», frisou o diretor geral da Astana, que enquanto corredor esteve suspenso por dopagem sanguínea entre 2007 e 2009.