Num documentário sobre a sua carreira, o ex-atlera Lance Armstrong voltou a falar sobre o uso de doping.
 
«Se eu estivesse a competir em 2015, não, eu não usaria doping de novo, porque eu acho não preciso disso. Se me perguntassem em 1995, quando o doping era completamente difundido, eu provavelmente faria tudo de novo. Mas é uma resposta que precisa de explicações. Eu olhei para tudo que poderia acontecer quando fiz aquilo, minha equipa também olhou para tudo o que envolvia. Foi uma decisão má, mas aconteceu», afirmou o ex-ciclista.
 
«Sabe do que é que nós estamos arrependidos? De termos sido colocados nessa posição. Nenhum de nós gostaria de estar nessa posição. Todos teríamos adorado ter competido homem contra homem, pão, água, todos limpos, de forma natural, chame do que quiser. Estamos arrependidos, sim, estamos arrependidos por termos sido colocados numa posição em que olhamos em volta como crianças desesperadas e pensarmos que teríamos que voltar para a escola, ou conseguir um emprego, trabalhar numa loja de bicicletas ou numa empresa».
 
«Mas eu sei o que aquela decisão fez a modalidade, eu vi o crescimento do ciclismo», disse ainda Armstrong, que ainda se sente sete vezes campeão da Volta da França, e revelou que competiu sem usar nenhuma substância proibida em 2009 e 2010 (quando terminou em 3º e 24º lugar, respectivamente).
 
A União Ciclista Internacional (UCI) considerou provado, em 2012, que Armstrong consumiu e distribuiu sustâncias dopantes e retirou-lhe as sete Voltas a França que venceu entre 1999 e 2005.