O senegalês Lamine Diack, presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF) entre 1999 e 2015, é acusado pela justiça francesa de corrupção, informaram esta quarta-feira fontes judiciais, citadas pelas agências internacionais. Segundo a mesma fonte, o caso terá a ver com a campanha antidoping da IAAF.

O advogado de Lamine Diack, Habib Cisse, foi ainda acusado  no mesmo processo, e um médico da IAAF ligado às medidas de combate ao doping está sob custódia, para ser ouvido.

O antigo presidente do atletismo mundial é acusado de corrupção passiva e branqueamento, num processo em que Habib Cissé seria o primeiro responsável, mas ambos não se encontram detidos.

Em 2014, o filho de Diack, Pape Massata Diack, um dos responsáveis pelo marketing na federação internacional e com o direito exclusivo nos patrocínios para países em desenvolvimento, já tinha sido forçado a deixar o organismo.

Na ocasião, Massata Diack foi implicado num caso de corrupção, que visava encobrir casos de doping na Rússia e que envolveu também o tesoureiro da IAAF e presidente da Federação russa, Valentin Balaknichev, igualmente forçado a sair.

A situação que envolve agora Lamine Diack e Habib Cisse resulta de um relatório levado a cabo pela Agência mundial antidoping e que foi entregue em agosto às autoridades financeiras francesas.

Após um inquérito inicial, as investigações foram entregues aos juízes de instrução para delitos fiscais.