A sua revista digitalNa primeira parte, Fredy Montero participou em 27 ações. Dessas, 25 tiveram bola, nas restantes a pressão do colombiano obrigou os jogadores vitorianos a colocar a bola fora.
Começou por perder uma bola e ser apanhado em fora-de-jogo. Acertou o primeiro passe, para Carrillo, aos cinco minutos. Pressionou Paulo Oliveira que rematou para fora. Luta pela bola na área, mas não consegue rematar. Agora pressiona Douglas, que também chuta pela linha lateral. Toca para trás. Em dez minutos, oito ações.
O Sporting escolheu muitas vezes sair a jogar com passe longo. Montero lutou por essas bolas, mas acabou por perder a maioria para Ba, por razões evidentes: o vitoriano é bem mais alto. Apesar de nunca ser bem servido, mostra-se, dá-se ao jogo. Faz um passe para Jafferson (fora-de-jogo), outro para Cédric. Com André Martins a querer cair na direita e Adrien perto de William Carvalho, é muitas vezes o colombiano a baixar e tentar fazer jogar a equipa.
Perde a bola pela segunda vez aos 30 minutos. A primeira tinha acontecido aos 17. Aos 34 a jogada de Carrillo é boa, mas Montero não consegue desviar. Foi o mais parecido que teve com uma oportunidade. Remates, até essa altura, nada. Toca com Capel, sofre uma falta dura em cima do intervalo que vale um amarelo para Ba.
Tudo somado, o Sporting fez apenas um remate contra oito do Vitória de Guimarães, antes do descanso. O jogo andou sempre em bases lentas. Os leões tiveram a bola em 56 por cento do tempo. Montero esteve sempre bem metido no jogo, mas nunca descobriu espaço para fazer o verdadeiro trabalho de um goleador.
A segunda parte teve menos Montero. Aos 48 minutos ganha de cabeça. Aos 51 conquista um canto. Aos 59 trabalha sobre a esquerda, fora da grande área, e remata rasteiro, ao lado. Pareceu mais uma ação de avançado desesperado por uma oportunidade para olhar de frente o guarda-redes. Saiu mal. Nos minutos seguintes sofre uma falta, ganha de cabeça, é apanhado fora-de-jogo.
Aos 67 minutos faz uma falta. Só volta a aparecer aos 74. Em fora-de-jogo. Continua na luta com Ba. Dois toques para Capel. Comete falta sobre o central senegalês. E acabou aqui o trabalho do ponta-de-lança Montero. Minuto 82, entra Slimani, o colombiano baixa no terreno. Que fez a partir daí?
Três ações. Um bom passe para Diogo Salomão, que dá canto. Toca para Cedric ao minuto 87. O lateral remata forte, Douglas defende e na recarga Slimani atira para a baliza, mas estava fora-de-jogo. Aos 90, mais um bom passe para Jefferson. E foi tudo. Pouco depois, Dier saltou mais alto na grande área, Ba foi incompetente a afastar a bola e Slimani atirou. Montero andava por ali.
Para a história ficou mais um jogo de Montero sem marcar (já agora, veja o que Leonardo Jardim disse ao ser confrontado com esse facto). Mas confundir isso com uma má exibição seria um erro lastimável. Diz quem passou 90 minutos a olhar para o melhor marcador do campeonato e deixa uma pergunta: ele precisa mesmo de marcar?
Números finais do jogo: o Vitória de Guimarães fez 14 remates, o Sporting sete. Seis deles aconteceram na segunda parte. A posse de bola manteve-se verde: 54 por cento.
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