N a estreia de Ivo Vieira como técnico principal na Choupana, o Nacional não conseguiu entender-se com a estratégia do Paços de Ferreira durante os primeiros 45 minutos. O treinador dos alvinegros apostou num 4x1x3x2, com Claudemir a lateral direito e uma dupla de ataque rápida: Mateus e Diego Barcellos.
Os locais nunca conseguiram ultrapassar a organização dos pacenses, que com um 4x3x3, fechavam bem o caminho para a baliza e rapidamente saíam em contra-ataque, face à velocidade de Pizzi, Manuel José e Rondon.
Assim, na primeira parte só deu Paços de Ferreira e valeu Bracalli para evitar o pior. Logo aos 12 minutos, Claudemir falhou um corte, Rondon aproveitou e rematou muito bem para uma grande defesa do guarda-redes nacionalista para canto. Quatro minutos depois, grande assistência de David Simão e Rondon de novo só com Bracalli pela frente remata para mais uma defesa deste. Sem ideias, arte e imaginação, os homens da Choupana voltaram a passar mais um calafrio, num livre apontado aos 19 minutos por Manuel José, que passou muito perto da barra da baliza.
E até ao intervalo, a história não se alterou. O Paços jogou e o Nacional viu jogar. À passagem da meia hora, Pizzi não cabeceou da melhor forma após um bom cruzamento de Manuel José. Já aos 36 minutos, foi Bracalli uma vez mais a evitar o pior a remate de Bura. O descanso foi por certo um alívio para Ivo Vieira que não via a equipa conseguir jogar. Prova disso é que só aos 43 minutos criou uma jogada com princípio, meio e fim: Thiago Gentil rematou para fora. Pouco, muito pouco para jogava em casa.
Um golo e três pontos para o Marítimo
Ao intervalo, Ivo Vieira deixou no balneário os apagados Skolnik e Thiago Gentil e lançou mais dois homens de ataque: Edgar Costa e Anselmo. E logo aos 46 minutos, Cássio e Manuel José salvaram sobre a linha um cabeceamento de Felipe Lopes, após canto apontado por Bruno Amaro.
A resposta dos pupilos de Rui Vitória surgiu aos 58 minutos, mas Pizzi desta feita rematou fraco e ao lado, após mais um contra-ataque pacense. O conjunto local voltou a acordar aos 70 minutos, com Diego Barcellos em jogada de insistência a obrigar Cássio a uma boa defesa para canto.
Na jogada seguinte, Leonel Olímpio esteve à beira de marcar, após um canto de Manuel José, só que o remate saiu ao lado. E dois minutos depois, Pizzi perdeu a melhor ocasião, aos tentar fazer um chapéu a Bracalli quando estava sozinho com o guarda-redes alvinegro: uma vez mais, este levou a melhor. O passe de David Simão foi mais uma vez magistral. Que perdida da turma da capital do móvel!
Mateus ainda causou algum frisson aos 82 minutos, mas o remate saiu rasteiro e fraco para defesa fácil de Cássio, após uma boa jogada de insistência do internacional angolano.
Mas, quando já poucos acreditavam, Cássio borrou a pintura. Num cruzamento de Diego Barcellos, o guarda-redes falhou a bola e o madeirense Edgar Costa viu a baliza sozinha e rematou para esta, não perdoando. Contra a corrente do jogo, os nacionalistas chegaram ao golo. E foi a festa alvinegra, com a equipa a fugir na tabela, nas vésperas de derby com o Marítimo.
Até ao final, o Paços de Ferreira tentou reagir ao golo e os madeirenses foram defendendo com unhas e dentes a magra vantagem.
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Nacional-P. Ferreira, 1-0 (destaques)
Nacional-P. Ferreira, 1-0 (ficha)