O Nacional apresentou oficialmente esta quinta-feira o último reforço a chegar à Madeira, mais concretamente o médio egípcio Saleh Gomaa, jogador que tem sido muito destacado na seleção do seu país, e que, em altura de crise, corresponde uma surpresa, já que o jogador era cobiçado por clubes com maiores condições financeiras.

Rui Alves, presidente dos alvi-negros, salientou que o seu clube foi feliz nesta contratação, já que, segundo o próprio, as relações pessoais foram mais importantes do que a capacidade financeira existente, pelo que, apesar das dificuldades, acabaram por não enjeitar a oportunidade que se colocou ao clube para os últimos meses da temporada.

«Naturalmente que nos tempos que correm as coisas não evoluíram para patamares onde os clubes da Madeira conseguem ser tão competitivos como outros. Mesmo assim, o nosso departamento de prospeção teve a felicidade de, em conjunto com uma pessoa que na Madeira vem trabalhando connosco no mercado egípcio, ser possível a aproximação com o empresário do atleta, e, ter este desenlace, que, para mim surpreende, já que alguns clubes com outras condições pretendiam o atleta», começou por explicar, acrescentando: «Estamos num mundo onde as relações conseguem superar as dificuldades económicas e foi isso que aconteceu. O atleta vem por empréstimo com a possibilidade de prolongar o empréstimo por mais um ano. À partida terá tudo para ser um dos maiores talentos que jogaram no Nacional e é isso que queremos.»

Rui Alves explicou que esta intervenção no plantel «deve ser o menos desestabilizadora possível e o mais cirúrgica possível», pelo que aponta apenas para a contratação de mais um reforço (Kayke Moreno, jogador oriundo da série B do Brasileirão), já que os alvi-negros não pretendem mudanças que possam afetar os objetivos do clube, nomeadamente a conquista do acesso à Liga Europa.

Na sua apresentação oficial, o egípcio Saleh Gomaa salientou que Aly Ghazal foi importante para poder ficar a conhecer melhor o futebol português e sobretudo o Nacional, considerando que em Portugal o futebol «requer mais talento do que propriamente a vertente física.»

O egípcio que era cobiçado por emblemas alemães e italianos, explicou que este era o passo certo na sua carreira, esperando poder corresponder às expetativas existentes em torno da sua contratação: «O Nacional é um grande clube e espero corresponder às expectativas», começou por referir, acrescentando: «Tinha propostas de outros sítios, como Alemanha e Itália, mas optei por jogar neste clube, que estou certo vai ajudar-me na minha carreira. Estou muito feliz por estar cá. A liga portuguesa, com as suas características, será importante para a minha evolução.»

Saleh Gomaa, refere que «já tinha ouvido falar do clube antes de chegar», explicando que o fato de o Nacional apostar em jogadores jovens será um fator importante para si, que pesou na hora da decisão: «O que mais admiro aqui é que o Nacional é como uma família. Um clube familiar. A cidade é espectacular e sinto-me muito confortável aqui na Madeira», disse, finalizando de seguida: «Já vi alguns jogos do Nacional e gostei bastante. Aposta nos jovens o que é importante para um jogador como eu. Espero ajudar e aprender com o treinador e com os outros jogadores.»