«Conseguimos. Dezanove anos. Quero agradecer muito, e é por isso que digo em primeiro. Vou retirar-me». Foi com esta mensagem, publicada no «Twitter», que Shaquille ONeal anunciou que vai encerrar a carreira de basquetebolista, aos 39 anos. A NBA perde mais do que o seu jogador mais velho. Perde um dos seus símbolos.

Natural de Newark, «Shaq» chegou à NBA aos 20 anos. O «draft» abriu-lhe as portas dos Orlando Magic, onde esteve quatro anos. Esteve depois oito épocas nos Lakers, equipa com a qual conquistou três dos quatro títulos da NBA que tem no seu currículo. O outro anel foi conquistado com os Miami Heat, onde esteve de 2004 a 2008. Passou pelos Phoenix Suns e pelos Cleveland Cavaliers, antes dos Boston Celtic, a última etapa.

Chegou à selecção com apenas 21 anos, contribuindo para a conquista do título mundial, ao qual juntou o prémio de melhor jogador da prova. Dois anos depois conquistou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Atlanta, e encerrou aí a sua carreira internacional.

Shaq despede-se com quase 29 mil pontos somados na NBA (28.596), o quinto melhor registo da história da competição. Conseguiu, em treze épocas consecutivas, uma média de pontos por jogo superior a vinte, e uma média de ressaltos por jogo superior a dez, o que é um atestado de regularidade que ninguém atingiu. O ponto fraco era o lançamento livre, no qual apresenta o terceiro pior registo da história entre os jogadores com mais de duas mil tentativas (52,7 por cento), mas nem isso impede que se despeça como o terceiro jogador mais eficiente da história da NBA. Foi escolhido quinze vezes para o «All Star Game», e participou em doze.

No currículo conta ainda com inúmeras participações em filmes e programas televisivos, ou até apontamentos musicais, mas essa carreira paralela deve prosseguir.