Marius Niculae, em entrevista ao jornal «O Jogo», recorda o episódio do passado mês e janeiro em que esteve a um curto passo de voltar ao Sporting para ocupar a vaga de Ricky Van Wolfswinkel. Como já tinha jogado por dois clubes naquela temporada, o acordo acabou por cair. Uma última oportunidade perdida para «renascer com o Sporting» aos 32 anos.

«Era um risco para o Sporting e para mim. No momento da inscrição é que a liga portuguesa disse que não podia ser inscrito por causa daquele jogo [Supertaça da Roménia]. A federação da Roménia mandou um e-mail a dizer que podia ser inscrito. Depois, o Sporting consultou a FIFA, que respondeu que não tinha a certeza. Se, mais tarde, algum clube protestasse, o Sporting podia perder todos os jogos em que eu participasse (…). Nunca aceitaria pôr o Sporting em risco», recorda o avançado.

O antigo internacional romeno foi campeão pelo Sporting, em 2002, com 21 anos, mas depois esteve lesionado por longos períodos e acabou por deixar Alvalade em 2005. Niculae estava agora determinado a retribuir e lamenta a oportunidade perdida. «Para mim era como voltar a casa, à minha segunda casa. Fiquei muito em baixo. Era uma grande oportunidade, um sonho. O Sporting é um clube grande onde podia e gostava de renascer, acho que podíamos renascer em conjunto», referiu.

No decorrer da entrevista, Niculae recorda alguns episódios, como aquele em que Lazslo Bölöni apresentou o jovem Cristiano Ronaldo. «Lembro-me do dia em que estava com o Mário Jardel e o Bölöni nos disse: Olhem, este jogador é melhor que vocês dois juntos. Eu fiquei calado e o Jardel começou-se a rir», recorda. O «miúdo» acabou por crescer depressa e, em 2003, saiu para o Manchester United, numa altura em que Niculae já estava convencido. «Já imaginava que era possível esta evolução no Cristiano Ronaldo. O Rodolfo [Moura] ainda me deve uma aposta. Quando o Ronaldo saiu do Sporting, apostei que em cinco anos ele ia ganhar a Bola de Ouro», contou.

Niculae aborda ainda o «play-off» do Mundial que Portugal vai ter de realizar coma Suécia em novembro. «Só pelos nomes, direi que Portugal ganha por 5-0», atirou.