O FC Porto venceu o Sporting no clássico, apontando três golos contra um. A diferença de golos é uma evidência, mas a explicação para o sucesso é bem mais profunda, como é possível observar na análise efetuada pelo Centro de Estudos de Futebol Universidade Lusófona para o Maisfutebol. A grande diferença esteve na luta a meio-campo, com os portistas a garantirem que a bola circulava mais perto da baliza do adversário.

Como é possível na galeria de imagens, na primeira parte as duas equipas apresentaram dados muito similares, perdendo mais bolas no centro do terreno e ainda junto à área do adversário (36%). O segundo tempo trouxe uma abordagem diferente, com o Sporting a perder muitas bolas no último quinto do campo (46%), enquanto o FC Porto passou a perder mais bolsas no quarto quinto do relvado (45%).

Curiosamente, os dragões aumentaram muito as perdas de bola nos últimos quatro quintos do campo nos últimos 15 minutos, quando Defour já estava em jogo. O belga trouxe outra dinâmica e também ajudou a recuperar mais bolas nessa faixa de campo e no centro do terreno, o que permitiu suster uma eventual reação sportinguista, que nunca viria a surgir, depois de Lucho ter feito o 3-1 aos 73 minutos.

No que diz respeito aos remates, os dragões fizeram um total de dez remates, seis deles à baliza, sendo que três deles resultaram em golo, e três foram ao lado da baliza de Rui Patrício. Do outro lado, o Sporting rematou dez vezes, mas apenas três foram à baliza, incluindo o golo de William Carvalho, três foram por cima e quatro ao lado. Não houve muitas oportunidades junto às balizas, mas a eficácia dos portistas torna-se evidente no final das contas.

De resto, cada uma das equipas marcou um golo na sequência de uma bola parada (Josué de grande penalidade e William Carvalho após livre de André Martins). Quanto às transições defesa-ataque, os dragões fizeram-no 60% de forma rápida, enquanto que os leões se ficaram pelos 55%, mas com maior condição para rematar dos sportinguistas (13% contra 8%).