Com golos de Nuno Piloto e Rui Duarte, o Olhanense venceu a Académica, que com José Guilherme no comando técnico ainda não venceu para o campeonato. Adrien marcou o golo dos estudantes.

Quando, aos seis minutos, aquele médio da Académica e Fernando Alexandre disputaram uma bola nas alturas, saltando sem temores, percebeu-se logo que o jogo seria para homens de barba rija. Dois minutos depois reentraram com as cabeças ligadas como se nada tivesse acontecido. Um lance elucidativo da abnegação que os jogadores das duas equipas levaram para o relvado do José Arcanjo, como se os pontos em disputa fossem os últimos das suas vidas.

Com fluidez nas alas, onde os laterais se integraram a preceito no ataque, a Académica tomou conta dos primeiros minutos de jogo. Addy e Sougou brilharam então, construindo alguns lances que baralharam o último reduto algarvio. Aos catorze minutos, Sougou, de cabeça, desviou um livre de Addy, com a bola a embater na barra da baliza de Ricardo Baptista, que, dois minutos depois, viu um remate de Diogo Gomes passar perto do poste direito da sua baliza. O domínio dos visitantes seria materializado no marcador no minuto seguinte, por Adrien Silva, que aproveitou um mau alívio de Maurício, para marcar o primeiro golo dos estudantes no campeonato, sob o comando de José Guilherme, e o primeiro na conta pessoal, logo na estreia pela Briosa.

Até então, a vantagem aceitava-se, mas que duraria pouco tempo, pois quatro minutos depois o Olhanense chegava ao empate, por Nuno Piloto, que aproveitou um cruzamento de Jorge Gonçalves, na direita. Até ao intervalo, os algarvios viriam a justificar o equilíbrio no marcador e mais qualquer coisinha, porque além de terem travado as investidas do adversário, acabariam por desperdiçar a melhor oportunidade do período, por Djalmir, à beira do intervalo.

A segunda parte também se fez de muita luta mas com mais qualidade de jogo por parte dos algarvios. O Olhanense assumiu o controlo do jogo e a Académica poucas vezes incomodou Ricardo Baptista, tão distante ficou da baliza algarvia. Ao adiantamento do Olhanense corresponderam situações aflitivas para a baliza de Peiser. Maurício, de cabeça falhou soberana oportunidade e Jorge Gonçalves viu um golo ser anulado (e bem) por fora-de-jogo.

A justiça no marcador acabaria por chegar através de uma grande penalidade convertida por Rui Duarte, a castigar uma mão na bola de Luiz Nunes. Foi a vinte minutos do fim do jogo e a Académica não foi capaz de romper a organização defensiva do Olhanense, num jogo emotivo e também bem disputado.