Para o jogo deste sábado, em Alvalade contra o Sporting, Giuseppe Galderisi diz ser necessário o Olhanense ser dez vezes mais corajoso do que o foi diante do Marítimo, na última jornada. O treinador italiano tem consciência das dificuldades que a sua equipa irá encontrar perante um Sporting que quer retificar os recentes resultados e exibições menos boas, mas avisa que o Olhanense «não está morto».

«O Sporting é a única equipa ainda não perdeu em casa (n.r. – O Benfica e o FC Porto também ainda não perderam em casa), é a equipa que marcou mais golos e a que sofreu menos golos (n.r. – em ambos os casos, a par do FC Porto) . Isto explica o quão dura será a nossa tarefa. Gosto muito de [Leonardo] Jardim, como pessoa e treinador, e estou seguro de que encontraremos um inferno e um Sporting com toda a garra, determinação e concentração. Então, vai ser um confronto duro...», prevê.

«Trabalhamos todos os dias para ganhar os jogos, mas não está escrito em lado nenhum, que é agora ou não. Faremos o máximo para fazer a vida difícil ao Sporting, assim como ao Gil Vicente, no próximo jogo. É verdade que há duas equipas que ainda não venceram fora, o Belenenses e o Olhanense. A primeira vez pode suceder [amanhã], se fizermos uma grande prestação, tática, técnica e individual, e com a máxima concentração», acredita.

Mais do que a estratégia que o Sporting deverá apresentar, Galderisi prefere olhar para a qualidade dos leões. «Há o regresso do William Carvalho. Se eu fosse [Leonardo] Jardim, diria que não são os jogadores que fazem a diferença, mas sim a mentalidade que colocam em campo. Os jogadores do Sporting são todos bons, por isso é uma questão de garra e determinação, porque a qualidade existe. Estou convicto de que encontraremos uma equipa com muita garra e muita qualidade», disse, sobre se iria encontrar uma equipa arrumada de forma diferente, em relação ao jogo com o Benfica.

Vingança no Olhanense depois da derrota na Luz? «Quem jogou futebol sabe que quando uma grande equipa perde, no jogo seguinte quer dar a volta ao texto. Por isso, nós teremos de ser dez vezes mais corajosos do que em relação ao jogo com o Marítimo, porque duas vezes só, não basta. Vai ser muito difícil, mas eu trabalho todos os dias para dar à minha equipa uma organização e uma mentalidade para jogar todas as partidas com o máximo respeito a quem defrontamos, quer seja primeiro ou último classificado», expressou o italiano.

No Olhanense, sai Santana (lesionado), e regressa Dionisi, após castigo. «Todos trabalham e todos estão prontos para jogar. É importante que quem jogue esteja preparado, e Dionisi está preparado. Com o Marítimo, jogaram cinco jogadores que não estiveram no onze em Paços, e a equipa esteve bem, só faltou conquistar os três pontos. Mas não sei se vão jogar os mesmos, vamos ver. Quem fica na bancada para um jogo, pode ser decisivo no jogo seguinte, esse é o meu modo de falar à equipa. Um pouco de alegria porque ainda não estamos mortos, ainda estamos vivos...», avisou.