O Moreirense está em festa. Vive o momento mais alto da história, depois de ter conquistado brilhantemente a Taça da Liga.

O conjunto de Moreira de Cónegos eliminou o FC Porto, o Benfica e venceu na final, com toda a justiça, o Sporting de Braga. Inácio bem pode dizer uau, e terá certamente quem o acompanhe nessa manifestação de alegria! É o primeiro troféu da história para um pequeno clube, o 11º emblema português a conseguir um caneco.

O trajeto na competição menor do calendário português só foi possível devido à irreverência da juventude – excelente mostra para o talento de Francisco Geraldes, sobretudo, mas também de Podence e Dramé –, que o treinador soube consolidar numa equipa equilibrada e motivá-la a chegar tão longe.

Aquela segunda parte frente ao Benfica e a forma com que se apresentou na final, sem medo de um Braga com mais pergaminhos e também ávido de troféus, foi surpreendente e terão sido poucos aqueles não ficaram contentes pelo enorme feito.  

O Moreirense foi a melhor equipa nos dois jogos decisivos, não teve medo de ter a bola e atacar, e mereceu também uma certa dose de felicidade que acompanha os campeões. É ainda a prova viva de que, apesar de a competição parecer ter sido feita para os grandes, há sempre a hipótese de alguém se agigantar e trocar-lhes as voltas.

Claro que a Taça da Liga só terá todo o seu significado se o Moreirense permanecer no primeiro escalão, um objetivo que ainda está longe de estar alcançado e ao qual será necessário chegar sem parte da irreverência que lhe valeu a taça no Algarve: Geraldes e Podence seguem para Alvalade.

O espírito de conquista terá ficado, e não há certamente quem recuse tamanho moral para o que resta da temporada.

A festa foi deles, e festejámos também com eles.