Jorge Simão, treinador do Paços de Ferreira, em declarações na sala de imprensa do Estádio do Bonfim após o empate com o V. Setúbal. O Paços falhou o apuramento para a Liga Europa:

«Como me sinto? Exausto e orgulhoso. Muito orgulhoso desta rapaziada, pelo percurso nesta época: 49 pontos, virámos a primeira volta com o objetivo que traçámos no início da campanha cumprido.

Depois, o desafio que lançámos dos 48 pontos foi alcançado a duas jornadas do fim. Pela posição que ocupávamos, a possibilidade da Liga Europa abriu-se. Queríamos agarrá-la, lutámos muito para a agarrar… mas o que fica é uma campanha fantástica que termina com 49 pontos.

Todos os jogadores tiveram um contributo muito importante em determinados momentos da época, inclusive os juniores que fomos recrutando depois da lesões que tivemos principalmente na segunda metade da época.

O objetivo da direção era a manutenção. Se era a manutenção não era a Liga Europa. Os clubes que querem a Liga Europa são clubes com um orçamento… O Paços é o exemplo de clube que com menos dinheiro faz mais. Do ano passado para este ano houve uma grande diminuição do orçamento do Paços. Os concorrentes para a Liga Europa têm orçamentos substancialmente superiores. Esta foi uma época absolutamente fantástica. 

Havia alguns jogadores a chorar no balneário.»

A chamada dos jogadores ao banco de suplentes a 15 minutos do fim teve a ver com o resultado do Rio Ave?

«Sim. Tínhamos essa situação previamente preparada. Este jogo tinha características especiais. Naquele momento foi recordar transmitir a informação de que o Rio Ave estava a ganhar e precisávamos de fazer um golo.

Futuro? Não consigo responder. Objetivamente, a única abordagem que eu tive foi do Paços. Preciso de um ou dois dias para descansar. Vou sentar-me à mesa, ouvir o que está idealizado para a próxima época e se houver alinhamento de ideias… Mas mais do que isto não consigo dizer.»