Paulo Alves, treinador do Olhanense, na sala de imprensa

«Estivemos duas vezes em vantagem, mas contra um adversário que ofensivamente é muito difícil de contrariar. O Benfica fez três bons golos e foi pena que o terceiro surgisse numa fase que mata a equipa por completo. Se não tivessemos sofrido aquele golo, logo no início da segunda parte, a equipa continuaria motivada e com capacidade de enervar o Benfica. Foi pena, mas não podemos esquecer que o Benfica tem muitas soluções de qualidade e é muito difícil de contrariar. Fica o registo de uma excelente primeira parte nossa, com excelente atitude e é nisto que temos de agarrar para o futuro. Não conquistámos pontos, e não gosto de vitórias morais, mas se jogarmos sempre com esta entrega e determinação, vamos conseguir o nosso objetivo.

O diagnóstico está feito. As evidências vocês conseguem percebê-las nos jogos, são notórias algumas situações de que a equipa carece e temos de ter capacidade de as resolver, dotando a equipa de mais equilíbrio em algumas posições e de algumas soluções que possam trazer uma mais-valia, sobretudo na posse de bola e nos desequilíbrios normais de que os jogos precisam e nós não temos em abundância. Temos de trabalhar sobre isso. Se o conseguirmos, teremos uma equipa mais forte e preparada para as dificuldades que o campeonato vai trazer.

Queria esclarecer algo que saiu num jornal desportivo, que não era difícil tirar pontos ao Benfica. Se virem a gravação, ouvem isso, mas percebem que não era isso que eu queria dizer. Um jornal aproveitou e fez essa notícia, mas eu queria claramente dizer que se tratou de um 'lapsus linguae', porque se há coisas difíceis e complicadas, é tirar pontos a Benfica, Sporting e FC Porto. Não é impossível, mas é difícil. Queria deixar esse reparo, porque sou um treinador ambicioso, mas sei o que é ter os pés assentes no chão.»
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