Paulo Bento não admite um quadro em que o Sporting possa perder o segundo lugar na última jornada da Bwin Liga quando este domingo receber o Boavista no Estádio de Alvalade. O treinador diz que gosta «muito de viver» e quando vive não pensa em morrer e, apesar do empate chegar para segurar o estatuto de vice-campeão, o treinador quer ver a equipa despedir-se da competição com uma vitória.
«Esperamos acima de tudo um jogo em que possamos garantir esse objectivo, esperamos que seja um jogo em que consigamos jogar bem, encontrar dificuldades colocadas pelo adversário que vamos encontrar, apesar de todas as condicionantes que possa haver. Acima de tudo espero acabar o campeonato em casa sem derrotas, mas com o objectivo de o alcançar com uma vitória», começou por destacar.
Quanto ao Boavista, apesar das notícias da véspera, que condenaram a equipa do Bessa à despromoção, o treinador espera ter pela frente uma equipa orgulhosa, à imagem de Jaime Pacheco. «Espero um Boavista à imagem do seu treinador. Um Boavista determinado, agressivo, a querer também acabar bem a Liga. Foi uma equipa que ao longo do ano passou por muitas dificuldades, conseguiu, em termos desportivos, alguma estabilidade, que lhe permitiu fazer um campeonato sem sobressaltos e que irá querer, pelo orgulho dos seus jogadores e da equipa técnica, deixar uma boa imagem. Sabemos como são as equipas do Jaime e o Boavista de amanhã não vai fugir à regra», referiu.
«Em Paços fomos mais equipa
Apesar de um ponto ser suficiente para o Sporting manter o segundo lugar, o treinador não admite que os jogadores pensem dessa forma quando entrarem em campo. «Não podem porque o nosso objectivo é ganhar. Mesmo nas competições que foram a eliminar, concretamente na Taça UEFA, em nenhum dos jogos, independentemente de jogarmos em casa ou fora, jogámos com esse objectivo, por isso não faz sentido jogar o último jogo do campeonato contra a nossa filosofia. Vamos jogar sabendo que o empate chega, mas vamos fazê-lo para acabar o campeonato com uma vitória», insistiu.
Um eventual cenário em que os leões ficassem de fora da Champions mereceu um curto, mas significativo comentário do treinador. «Gosto muito de viver e quando vivo não penso na morte», limitou-se a adiantar. Uma confiança sedimentada pela última vitória em Paços de Ferreira, depois de um desaire em Leiria que quase comprometeu as aspirações da equipa. «Senti confiança nesse jogo, pela forma como o abordámos na etapa inicial. Foi o nosso melhor período. Conseguimos valorizar bem a vantagem, defendendo, num período da segunda parte, demasiado atarás, mas valorizando em termos de atitude, agressividade e crença o facto de termos chegado ao segundo lugar. Comparando o jogo de Paços com o de Leiria, notei uma grande diferença nesse aspecto. Não apresentámos grande qualidade na segunda parte, mas fomos mais equipa», acrescentou.