Paulo Sérgio, os reforços e as tácticas do Sporting

Haverá uma revolução em Alvalade? Depois uma temporada negra no clube, Paulo Sérgio foi nesta sexta-feira apresentado como novo treinador do Sporting. No entanto, o técnico não abriu o jogo quanto a reforços. Já no que toca a tácticas, o discurso é diferente.

«As alterações que serão feitas no plantel são as normais, como em todos os grupos de trabalho», começou por dizer, questionado sobre o formato do plantel. «Há entradas e saídas, umas por bons negócios, outras porque não houve rendimento, mas o nosso timing para comunicar essas decisões não é este», disse, sem acrescentar mais nada sobre eventuais reforços. Ainda assim, o técnico admitiu que deve trabalhar com «um grupo de 25 o 26» jogadores.

A Academia pode ser sempre fonte para a construção do grupo e Paulo Sérgio já está atento a potenciais elementos que possam integrar o plantel principal: «Esses jogadores [das camadas jovens] têm estado sempre a ser acompanhados, porque o trabalho do Sporting não pára. Há quem os tenha acompanhado toda a época e que me facultou os relatórios, mas há também o campeonato de juniores a decorrer.»

O treinador desvalorizou depois o facto de começar a época mais cedo. Paulo Sérgio está mais preocupado com o estado físico dos futebolistas que vão ao Campeonato do Mundo. «O contratempo tem a ver com a questão de atletas que temos no Mundial, temos de ver situações em particular», afirmou, para acrescentar que «a Liga Europa não preocupa» em termos de preparação.

«Não sou um treinador de sistemas»

Paulo Sérgio já o tinha dito em entrevista ao Maisfutebol, quando ainda estava no Paços de Ferreira. Em Alvalade repetiu-o, quando questionado sobre se o facto de a base táctica da equipa ser a mesma há muito tempo lhe facilita o trabalho para os primeiros jogos da época. O treinado do Sporting não é técnico de se agarrar a apenas uma táctica.

«Quem me conhece sabe que não sou um treinador de sistema, que mudo, para mim, é importante que os jogadores interpretem mais do que uma forma táctica, porque sou mais de manter princípios», confessou.